Seul (Reuters) – Quatro pessoas foram acusadas na Coreia do Sul de invadir dezenas de milhares de câmeras de vídeo privadas em residências e empresas em busca de imagens de exploração sexual, disseram autoridades nesta segunda-feira.
Num comunicado de imprensa, a Agência Nacional de Polícia Coreana disse que os suspeitos roubaram imagens de cerca de 120 mil câmaras, manipulando ilegalmente e vendendo centenas de vídeos para um site estrangeiro.
Cerca de 120 mil câmeras pessoais conectadas à Internet foram violadas na Coreia do Sul por hackers em busca de conteúdo explícito.Crédito: Bloomberg
Dois dos suspeitos combinados contribuíram com mais da metade do conteúdo do site, disse o comunicado. Eles foram investigados entre novembro do ano passado e outubro e não se conheciam, disse Kim Young-woon, chefe da Unidade de Investigação de Terror Cibernético da agência, em entrevista.
Um dos suspeitos é acusado de produzir conteúdo de exploração sexual de crianças e adolescentes. A polícia alega que as imagens roubadas pelo suspeito foram armazenadas, mas não vendidas.
Todos os quatro são acusados de hackear câmeras de vigilância conectadas à Internet e dois são acusados de vender material de exploração sexual filmado ilegalmente.
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Distribuir ou vender pornografia é em grande parte ilegal na Coreia do Sul. A acusação de exploração sexual consiste em filmar o corpo de uma pessoa contra a sua vontade, disse Kim.
Os vídeos filmados ilegalmente têm sido um grande problema e um catalisador para o movimento feminista na Coreia do Sul, onde as autoridades reprimiram câmaras escondidas, conhecidas como “molka”, em locais públicos como piscinas, hotéis e casas de banho públicas.
Um suspeito teria recebido cerca de US$ 24 mil (US$ 36.400) em ativos virtuais em troca dos vídeos roubados, e outro cerca de US$ 12 mil.








