Seis meses após a sua eleição, o pontífice inicia uma viagem de seis dias por dois países carregados de significado histórico, espiritual e político.
Seis meses após a sua eleição, o Papa Leão XIV embarcará esta quinta-feira na sua primeira viagem internacional.
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O itinerário não é acidental: Turquia e Líbano, duas nações atravessadas por realidades muito diferentes, mas unidas por um profundo peso simbólico para o cristianismo e pelos desafios apresentados pelo atual cenário internacional.
A viagem, que durará seis dias, terá início em Ancara, capital turca, para onde o pontífice voará para participar de uma comemoração histórica fundamental: os 1.700 anos do Concílio de Nicéia, realizado no ano 325. Este encontro marcou um antes e um depois na configuração doutrinária da Igreja e na identidade do cristianismo como é conhecido hoje.
O principal evento religioso acontecerá na cidade de Iznik, a antiga Nicéia, localizada a cerca de 100 quilômetros de Istambul. Ali, num templo que foi destruído duas vezes por movimentos sísmicos e cujos restos permaneceram submersos durante séculos, reuniram-se 318 bispos convocados pelo imperador Constantino.
Desse concílio surgiu o Credo que ainda hoje é pronunciado por diferentes ramos do cristianismo, desde católicos e ortodoxos até protestantes e armênios, com a conhecida fórmula: “Creio em um só Deus, Pai Todo-Poderoso”.
Para o Papa Leão XIV, este aniversário não é apenas uma evocação do passado, mas uma oportunidade para reafirmar a unidade num mundo fragmentado.
Durante a sua estadia em Türkiye, o pontífice também se reunirá com o presidente Recep Tayyip Erdoğan, figura chave nos equilíbrios geopolíticos da região. Segundo fontes do Vaticano, Leão XIV abordará nesse encontro a necessidade de promover caminhos de diálogo e cooperação no meio dos conflitos que abalam o Médio Oriente e a Europa Oriental.








