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“O mundo livre virou as costas ao povo judeu”

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Num ato cheio de simbolismo, Javier Milei lançou uma mensagem contundente no 90º aniversário da DAIA no Teatro Colón, onde questionou os governos que “viraram as costas ao povo judeu”. Ele apoiou Israel, mencionou Donald Trump e apontou o Kirchnerismo, como destacou a própria entidade no evento.

Um discurso com críticas e apoio marcante a Israel

Javier Milei utilizou o palco do Teatro Colón para reforçar o seu alinhamento com Israel e marcar diferenças com outras administrações. O Presidente recordou o atentado de 7 de outubro, reivindicou a posição da Argentina contra o antissemitismo e agradeceu o reconhecimento que lhe foi concedido pela DAIA durante a cerimônia.

Na sua mensagem, Milei sustentou que “o mundo livre decidiu virar as costas ao povo judeu”, uma frase que antecipou o tom do resto da sua intervenção. O presidente destacou que, ao contrário de outros governos, a sua administração procurou fortalecer a relação com Israel desde o início.

O Presidente também evocou o papel de Donald Trump na libertação dos reféns israelitas detidos pelo Hamas, incluindo três argentinos. Disse que o episódio foi “um milagre” e apelou à manutenção da defesa dos valores “judaico-cristãos” face ao avanço do terrorismo.

Cooperação, memória e tensões políticas

Milei observou que “na Argentina há tolerância zero ao antissemitismo”, definição que Mauro Berenstein acompanhou ao lhe conceder o reconhecimento do DAIA. Ambos insistiram na necessidade de manter uma política activa contra o discurso de ódio e os ataques ligados ao extremismo.

O Presidente também destacou o Memorando assinado este ano entre Argentina e Israel, que descreveu como um passo fundamental para “aprofundar a cooperação regional”. Segundo explicou, o acordo procura reforçar as políticas de segurança e promover valores partilhados num contexto internacional marcado pela instabilidade.

Ao longo de seu discurso, Milei voltou a uma ideia que repete em fóruns nacionais e internacionais: a importância dos países ocidentais agirem juntos contra as ameaças à liberdade. Neste contexto, criticou os governos que – na sua opinião – optaram por “olhar para o outro lado” face ao aumento do anti-semitismo.

Um olhar interno e uma mensagem final

O Presidente também dedicou uma parte do discurso à análise da política local. Questionou os setores que, segundo ele, “adoram o Estado atual” e sustentou que esta visão “confunde solidariedade com redistribuição”. Ele disse que esta abordagem retarda o crescimento e “torna o cidadão dependente do poder político”.

Javier Milei encerrou o seu discurso com uma mensagem direta: “Israel é um exemplo dos valores que tornaram o Ocidente grande”. Pediu “apoiar Israel desde a Argentina” e apelou à manutenção da defesa desses princípios num contexto global que considerou cada vez mais desafiante.



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