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mais de US$ 60 milhões vão para o Estado POLÍTICA El Intransigente

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O Supremo Tribunal de Justiça da Nação iniciou a operação para devolver ao Estado mais de 61 milhões de dólares em dinheiro e bens que pertencem a Lázaro Báez e seu filho Martín Báez, no âmbito do caso conhecido como “Money Route K”.

O diretor-geral de Gestão Interna e Infraestrutura do Tribunal, Sergio Romero, enviou ofício ao juiz do Tribunal Oral Federal 4 (TOF4), Néstor Costabel, no qual detalhou que está ordenado o confisco definitivo dos recursos obtidos nos leilões realizados pela ocorrência nº 3017/2013/TO2/14 e dos imóveis registrados em nome dos Báez.

Da mesma forma, Romero indicou que o seu registro foi realizado sob a tutela do Supremo Tribunal Federal, de acordo com o disposto no Código Penal e no Código de Processo Penal.

Transferência de fundos e registro de ativos

O ofício da Corte estabelece que, como primeira medida, seja realizada a transferência dos valores confiscados para contas pertencentes à Corte, uma em pesos e outra em dólares. Além disso, solicitou os documentos dos processos de leilão realizados na ocorrência nº 3017/2013/TO2/14.

De acordo com a decisão proferida em Abril de 2021, as apreensões incluíram: USD 54.872.866,69, USD 5.000.000, USD 307.994,17 e USD 950.000, totalizando USD 61.130.860,86. Em moeda nacional, foram apreendidos 4.174.697 dólares, ajustáveis ​​de acordo com o índice de preços ao consumidor INDEC.

O TOF4 decidiu que as apreensões e medidas cautelares sobre todos os bens seriam mantidas até que os confiscos fossem completamente executados.

Decretos executivos e desafios

Em 2025, o Poder Executivo, por meio do Decreto 575/2025, criou o Conselho de Bens Recuperados em Favor do Estado Nacional, dependente do Ministério da Justiça, para fiscalizar e administrar bens confiscados. No entanto, o Sindicato dos Funcionários da Justiça Nacional (UEJN) entrou com uma ação, argumentando que a medida afetava a independência judicial.

O juiz federal Pablo Cayssials emitiu em outubro uma medida cautelar que impediu o Governo de avançar com a aplicação do decreto, salientando que este “alterou de forma abrangente o sistema de gestão de bens de origem ilícita” e ultrapassou os limites dos decretos de necessidade e urgência.

Com esta decisão, o Tribunal conseguiu avançar no registo dos bens em seu nome e ordenar o depósito dos fundos em contas em seu nome, garantindo a execução efectiva dos confiscos.

História de condenações e confiscos

O TOF4 havia emitido as condenações e confiscos em abril de 2021, ratificados pelo Tribunal Federal de Cassação em fevereiro de 2023. Posteriormente, o Supremo Tribunal Federal, com a assinatura dos juízes Horacio Rosatti, Carlos Rosenkrantz e Ricardo Lorenzetti, declarou inadmissíveis os recursos apresentados e tornou definitivas as condenações e os confiscos.

Agora, com a execução em andamento, os bens e fundos confiscados dos Báez passarão a fazer parte do patrimônio do Estado.



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