O juiz federal Ernesto Kreplak falou perante a Comissão Especial de Acompanhamento e Investigação do fentanil adulterado e detalhou os pontos centrais do caso. Conforme explicado, a rastreabilidade confirmou mais de 154 mil frascos contaminados em circulação. Os dados surpreenderam os legisladores porque ampliaram o escopo do surto.
Além disso, o Sistema Integrado de Informação Sanitária da Argentina deteve sete lotes por suspeitas. Dois testaram positivo. Isto levou a novas medidas e abriu outra linha de trabalho dentro da comissão. O avanço permitiu identificar como as bolhas se moviam antes do surgimento dos primeiros casos.
Kreplak também revisou a origem do surto. Disse que tudo começou no Hospital Italiano de La Plata, com quinze pessoas afetadas e duas mortes. Esse episódio disparou um alarme sanitário e motivou as primeiras intervenções. O problema então aumentou rapidamente e se espalhou para outras regiões. Por isso, a Justiça acompanhou cada etapa da jornada do produto.
FENTANIL – Juiz Kreplak: “ANMAT não sabia onde estavam as bolhas”https://t.co/zI9rm9JTwQ
?????A Comissão de Investigação de Fentanil Contaminado da Câmara dos Deputados recebeu o juiz do caso, que garantiu que foi apurado descumprimento por parte do laboratório HLB Pharma.…
– Appdate Legislativo (@AppdateLegis) 19 de novembro de 2025
Segundo o magistrado, o caso mudou completamente quando foi constatado que um dos lotes era proveniente do HLB Pharma Group S.A. Lá eles detectaram duas bactérias. Após esta confirmação, a ANMAT foi notificada, foi lançado um alerta sanitário e apresentada uma queixa-crime. Essa sequência marcou uma virada na investigação.
Trabalho da Comissão e próximas etapas
Durante a apresentação, a presidente da comissão, Mónica Fein, anunciou novas convocações. Anunciou que o Ministro da Saúde, Mario Lugones, e a chefe da ANMAT, Agustina Bisio, deverão comparecer para explicar as suas intervenções. A reunião foi marcada para quarta-feira, dia 26 de novembro. Caso você não possa comparecer, ela será realizada na quinta-feira, dia 27. Com isso, a comissão busca encerrar uma etapa fundamental.
O Congresso continuará a redigir o relatório final nas próximas duas semanas. Cada bloco pode adicionar observações ou levantar diferenças. O objetivo é assinar o parecer durante a primeira semana de dezembro. Depois disso, espera-se que o documento descreva os passos a seguir para evitar um surto semelhante.
Enquanto isso, a Justiça segue em seu próprio ritmo. Já foram registradas 124 mortes ligadas ao consumo de fentanil adulterado. No entanto, o número final será conhecido antes do final do ano. Os investigadores analisam se as mortes foram consequência da bactéria ou do composto utilizado no lote contaminado.
Encerrando seu discurso, Kreplak afirmou que o episódio deixou um sinal claro. “Isso não deveria ter acontecido e temos o dever de dar uma resposta”, afirmou perante os deputados. Suas palavras deram o tom para o encerramento da reunião e deixaram em aberto a expectativa para a decisão final, que buscará explicar cada ponto do caso e definir responsabilidades pelo fentanil adulterado.








