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Hora do míssil? Trump alertou “companhias aéreas, pilotos e traficantes de drogas” para não sobrevoarem a Venezuela

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As especulações que se tecem sobre se ou quando haverá um ataque militar dos EUA em território venezuelano, ainda mais agora que as acusações de tráfico de drogas contra o chavismo se transformaram em acusações de terrorismo, acrescentaram um novo capítulo neste sábado, quando o presidente Donald Trump postou uma mensagem enigmática em sua rede social Verdade: “A todas as companhias aéreas, pilotos, traficantes de drogas e traficantes de seres humanos, por favor considerem que o espaço aéreo sobre e ao redor da Venezuela está completamente fechado”.

Não deu mais detalhes, foi até irônico ao acrescentar entre seus destinatários “traficantes de drogas e traficantes de seres humanos”, mas sabe-se que com Trump tudo se torna imprevisível, e essa mensagem no contexto da guerra de nervos que mantém com o chavismo foi interpretada por muitos como um alerta de um ataque próximo da enorme força militar acumulada nos últimos meses por Trump no Caribe, que inclui inclusive o maior porta-aviões do mundo, o USS Gerald Ford.

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Trump insiste que pretende impedir o tráfico de drogas do país sul-americano para o mercado dos EUA, mas o governo de Maduro, em pânico, afirma que as acusações de tráfico de drogas são um disfarce para uma mudança de regime.

Após o destacamento da frota militar, as forças dos EUA já mataram pelo menos 83 pessoas nos seus mais de 20 ataques contra barcos suspeitos de traficar drogas nas Caraíbas e no leste do Pacífico.

Por enquanto, Washington não forneceu qualquer prova de que estes navios fossem usados ​​para transportar drogas ou representassem uma ameaça para os Estados Unidos.

As tensões regionais aumentaram como resultado da campanha e da escalada militar que a acompanha. Na semana passada, as autoridades da aviação dos Estados Unidos instaram as aeronaves civis que operam no espaço aéreo venezuelano a “agirem com cautela”, mas este sábado Trump foi contundente, pedindo-lhes que considerassem “o espaço aéreo venezuelano completamente fechado”. Esse foi o alerta que foi lido como uma possível antecipação de ataques militares da força no Caribe.

Maduro também insiste em gestos de guerra.

O alerta da semana passada resultou na suspensão de voos de e para a Venezuela de seis companhias aéreas que representam grande parte do tráfego na América do Sul. Esta medida enfureceu o governo Maduro, que anunciou que estava a revogar as autorizações de operação no país da espanhola Iberia, da portuguesa TAP, da colombiana Avianca, da subsidiária colombiana da chileno-brasileira Latam, da brasileira GOL e da turca turca.

O governo de Maduro acusa as companhias aéreas de “aderir às ações de terrorismo de Estado promovidas pelo governo dos Estados Unidos, suspendendo unilateralmente as suas operações aéreas comerciais”. O New York Times noticiou na sexta-feira que os dois líderes mantiveram uma conversa telefónica na semana passada, na qual discutiram um possível encontro nos Estados Unidos.

A notícia da ligação entre Trump e Maduro surgiu um dia depois de o presidente dos EUA afirmar que os esforços para impedir o tráfico de drogas venezuelano por terra eram iminentes, aumentando ainda mais as tensões com Caracas.

AFP/HB



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