Início Notícias Eles investigam uma mesa de dinheiro em torno da figura do contador...

Eles investigam uma mesa de dinheiro em torno da figura do contador Castelli

4
0


O caso também investiga uma misteriosa viagem a Buenos Aires, um poder geral suspeito e operações milionárias que poderiam ser classificadas como usura.

Uma dezena de cheques de valor próximo a US$ 40 milhões serão examinados pela Justiça no contexto do caso que tramita contra a contadora María Soledad Castelli, investigada por suposta usura e emissão de cheques sem provisão de fundos. A promotora responsável, Celia Mussi, também analisa uma viagem feita pela acusada a Buenos Aires com duas pessoas de seu ambiente.

CLIQUE AQUI PARA PARTICIPAR DO CANAL DIARIO PANORAMA WHATSAPP E ESTEJA SEMPRE INFORMADO

A investigação começou a partir da denúncia de Carlos Rubén Sebastián Silva, que alegou ter dado a Castelli aproximadamente US$ 136 milhões após receber supostas garantias financeiras e referências pessoais. Segundo o promotor, Castelli teria entregue cheques que foram, em sua maioria, rejeitados por falta de recursos ou por serem provenientes de contas com histórico de rejeições. Entre eles estão cheques de US$ 13.500.000 e US$ 17.000.000. As investigações sobre estes documentos já foram ordenadas pelo Departamento de Crimes Económicos.

O arquivo contém ainda uma “procuração geral para administração e alienação” apreendida de Castelli, elaborada por notário central e assinada por ex-sócio do contador. Esse documento teria sido utilizado em operações comerciais de grande volume, como vendas de gado dentro e fora da província, incluindo Tucumán. Da mesma forma, o Ministério Público investiga um Formulário 08 correspondente a um veículo Mercedes-Benz cuja transferência já havia sido concluída, o que o tornava uma garantia inválida.

Mussi solicitou relatórios às entidades bancárias para determinar a situação dos cheques antes de serem endossados ​​e o momento em que ficaram sem financiamento. Além disso, a equipe investigativa prepara intimações a profissionais que teriam intervindo em operações realizadas por Castelli.

A defesa do contador, representada pelos advogados Sergio e Miguel Brandán, não descarta o pedido de prisão domiciliar. Castelli foi preso recentemente durante uma operação ordenada pelo juiz Darío Alarcón. Ao comparecer perante o Ministério Público, ele se absteve de prestar depoimento e relatou que já havia denunciado Silva por ameaças. Tanto Castelli quanto Silva se acusam mutuamente desse tipo de comportamento.

O Ministério Público investiga se as operações realizadas por Castelli se enquadram em empréstimos usurários. Segundo os investigadores, o acusado teria agido em conjunto com um grupo de colaboradores, apresentando supostas oportunidades de investimento com retorno imediato. Silva afirma que entregou dinheiro nessas condições e recebeu apenas cheques sem fundo. Os investigadores também tentam apurar o propósito da viagem a Buenos Aires feita por Castelli em meio ao conflito com o denunciante.

O caso prossegue com análise de documentação, avaliação de verificações e obtenção de depoimentos para apurar a natureza das atividades desenvolvidas pela Castelli e pelas pessoas a ela vinculadas.



Fonte de notícias