O ex-representante da Argentina para o Mercosul e ALADI, Mariano Kestelboim, garantiu que com o acordo com os Estados Unidos, a Argentina “obterá acesso zero” ao mercado norte-americano, e alertou que o país continua “muito comprometido” com o governo de Donald Trump.
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“Parece ainda pior que o acordo Roca-Runciman”
“Vamos esperar que cheguem as letras miúdas do acordo para lê-lo detalhadamente, mas à primeira vista parece ainda pior que o acordo Roca-Runciman”, considerou o economista.
Também destacou que “a Argentina terá acesso zero ao mercado norte-americano, porque são setores difusos, fala-se de certos recursos naturais indisponíveis e de itens não patenteados para uso em aplicações médicas”.
Segundo sua perspectiva, o país caminha “para uma situação de entrega da sua indústria como contrapartida daquele resgate que para o governo argentino foi decisivo, porque se o câmbio não chegasse, o câmbio teria explodido e a inflação também”.
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Adeus ao Mercosul?
“Se o acordo for como o previsto pela Casa Branca, estaríamos violando a tarifa externa comum do Mercosul, com a qual os parceiros do bloco pedirão à Argentina que rompa com o Mercosul e perderíamos as preferências tarifárias que temos com os nossos maiores parceiros regionais”, acrescentou em declarações à Splendid AM 990 transmitida pela NA.
Por último, questionou o que descreveu como “submissão” da administração do presidente Javier Milei aos Estados Unidos, e criticou “o desinteresse pela estrutura produtiva do país”, porque “as políticas económicas que estão a ser adoptadas estão a destruir capacidades industriais”.







