As empresas ligadas à economia real lideraram os ganhos em Buenos Aires e Wall Street, enquanto as operadoras destacaram que o pacto abre uma nova etapa de integração económica entre os dois países.
Após o anúncio do acordo-quadro para incentivar o comércio e os investimentos entre Argentina e Estados Unidos, as ações argentinas listadas em Wall Street registraram altas de até 5% no início da tarde.
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Em Nova Iorque, o pódio dos vencedores foi composto por Edenor, YPF e Supervielle, todas com avanços na ordem dos 6%.
A bolsa de Buenos Aires, por sua vez, saltava 4,4% em pesos às 15h. As ações de empresas ligadas a setores da economia real que poderiam se beneficiar do acordo comercial com os Estados Unidos lideravam as altas.
Assim, as ações de empresas como a exportadora de limão San Miguel ou a agrícola Inversora Juramento subiram 21% e 13%, respetivamente. Aluar – dedicada ao alumínio – e YPF também registraram ganhos de 8%.
“O acordo comercial com os EUA é bem recebido pelos operadores porque marca um novo avanço na integração global, enquanto estes aguardam conhecer os detalhes para poderem avaliar os efeitos no ‘micro’, tanto a nível sectorial como nas empresas mais beneficiadas pela expansão do comércio”, explicou o operador Gustavo Ber.
Por sua vez, os títulos em dólares somaram 1,3%. Enquanto o risco país ficou acima de 600 pontos base. O indicador que mede a confiança dos investidores pontuou 616 unidades.
Por fim, o dólar oficial fechou a US$ 1.425 à venda nas telas do Banco Nación, totalizando uma queda de US$ 20 na semana. No atacado, o câmbio encerrou a roda em US$ 1.403. Durante a semana caiu US$ 12 e ficou quase US$ 100 abaixo do teto da banda cambial, que nesta sexta estava em US$ 1.502,98.
Os detalhes do acordo entre Argentina e EUA.
O acordo comercial com os EUA inclui 11 pontos-chave que procuram “fortalecer e equilibrar a aliança económica” entre os países governados por Javier Milei e Donald Trump.
O acordo inclui tarifas, eliminação de barreiras não tarifárias, padrões e avaliação de conformidade, propriedade intelectual, acesso aos mercados agrícolas e de trabalho. Além disso, abrange as áreas da segurança económica, oportunidades de negócios, ambiente e comércio digital.
A câmara de comércio dos Estados Unidos na Argentina, AmCham, comemorou o anúncio e considerou que promoverá o emprego, a competitividade e o crescimento da economia local.







