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Axel Kicillof pediu aprovação da Lei de Financiamento

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Axel Kicillof pediu ao Legislativo de Buenos Aires que aprovasse a Lei de Financiamento para enfrentar os vencimentos da dívida e evitar cortes em áreas-chave. O governador anunciou um fundo de US$ 250 bilhões para os municípios. Em conferência de imprensa, segundo fontes legislativas, alertou para o impacto da recessão e da falta de recursos.

A disputa sobre a Lei de Financiamento

Axel Kicillof instou os legisladores de Buenos Aires a aprovarem a Lei de Financiamento, que foi suspensa em meio a tensões sobre a distribuição de fundos. O projecto visa autorizar a Província a contrair dívidas de 3.035 milhões de dólares para cancelar obrigações pendentes. O governador sustentou que estes são recursos essenciais para manter o funcionamento do Estado.

Na Casa do Governo, Kicillof sublinhou que a Lei do Financiamento não implica novas obras nem despesas extraordinárias. Explicou que a Província precisa cobrir os vencimentos do ano passado e do atual. “Não estamos a contrair dívidas por projectos faraónicos. Pedimos o mesmo que todas as províncias pedem para sustentar o seu funcionamento”, disse ele.

O anúncio do fundo para os municípios

Kicillof vinculou o financiamento à situação dos municípios. Ele confirmou que 8% dos recursos provenientes da lei serão distribuídos entre os municípios. Além disso, anunciou um fundo garantido de US$ 250 bilhões, a ser pago em cinco parcelas fixas. Ele disse que muitos distritos estão lutando para cobrir as despesas correntes em meio à recessão.

O governador garantiu que a medida busca dar previsibilidade. “Os municípios precisam de certeza. As demandas por alimentos, remédios e assistência se multiplicaram”, afirmou. O fundo para os municípios visa reforçar esta rede básica face ao colapso da actividade económica.

Aviso sobre possível rejeição

Kicillof também alertou sobre as consequências de não aprovar a lei. Assegurou que, sem financiamento, a Província teria que enfrentar vencimentos com recursos de áreas sensíveis. “Não vamos usar verbas da saúde ou da educação para pagar uma dívida que não assumimos”, alertou. Segundo ele, a rejeição obrigaria a cortes que aprofundariam o ajuste.

Impacto da recessão na Província

Durante a conferência, o governador questionou mais uma vez as políticas económicas do governo nacional. “Estamos passando por uma recessão que afeta praticamente todos os setores”, afirmou. Ele citou declínios na actividade económica de 5,7% na Província, um declínio de 10% na indústria e um declínio de 25% na construção.

Segundo os seus dados, desde o início do plano económico nacional, 5.000 empresas e 172.000 empregos foram perdidos na Província. Disse ainda que quase mil obras públicas ficaram paralisadas.

Críticas ao governo nacional

Kicillof acusou o Executivo de exercer “cerco financeiro ilegal” contra Buenos Aires. Mencionou atrasos nas transferências ligadas à segurança, transporte, fundos de pensão e incentivo ao ensino. Ele também denunciou exclusões de reuniões federais e “ataques públicos diários”.

O governador afirmou que a situação não afecta apenas a Província. “Isso poderia ser generalizado para a grande maioria das províncias argentinas”, disse ele. Reiterou que a aprovação da Lei de Financiamento é fundamental para evitar uma crise maior.



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