Axel Kicillof afirmou que foi “difícil” um apelo de Diego Santilli às negociações do Orçamento de 2026 e das reformas em debate. O governador respondeu aos comentários recentes do ministro e exigiu “seriedade” no diálogo institucional. Em declarações ao Noticias Argentinas, deixou dúvidas sobre os próximos passos do Governo.
Tensões sobre reuniões com governadores
Kicillof afirmou que achava “difícil” para Santilli convocar reuniões com líderes provinciais. Essas reuniões buscaram avançar no Orçamento de 2026 e nas reformas trabalhista, tributária e penal. O governador explicou que espera continuidade nos funcionários para melhorar o diálogo institucional.
O presidente de Buenos Aires falou no Splendid AM990 e destacou que esta convocatória ainda não estava em andamento para sua província. Salientou que a ligação com a Nação teve “idas e vindas” desde o início do mandato.
A resposta de Santilli
Dias antes, Diego Santilli havia descartado um encontro com Kicillof. Pediu “consistência” e questionou a sua posição sobre questões do governo central. Mencionou o Pacto de Maio, o RIGI e a Lei de Reiterações. Assegurou que não receberia o governador enquanto mantivesse essa linha política.
Santilli levantou suas críticas em X e apontou a relação do presidente com Cristina Kirchner. Segundo o ministro, essa proximidade explica parte das decisões tomadas pela gestão portenha.
O pedido formal e posterior cruzamento
Axel Kicillof havia solicitado uma reunião por meio de nota enviada pelo seu ministro do Governo, Carlos Bianco. Esse pedido não obteve resposta positiva. O governador afirmou esperar um tratamento institucional mais estável entre a Nação e a província.
Bianco argumentou que o encontro era necessário para organizar a agenda econômica de fim de ano. Ele também destacou a importância de discutir os fundos e programas provinciais que estavam pendentes.
Caso Libra: “devemos investigar a fundo”
Em entrevista ao Noticias Argentinas, Kicillof falou sobre o andamento da investigação do Congresso sobre o Caso Libra. Valorizou a “seriedade” do trabalho legislativo e pediu para acompanhar quem teria obtido benefícios económicos.
O governador afirmou que, segundo o que foi investigado, “o próprio Presidente” estava envolvido. Esclareceu que disse isso com “prudência”, mas que os dados exigiam uma revisão profunda. Ele também mencionou o depoimento do americano Hayden Davis sobre a origem dos recursos.
Reivindicações sobre o papel do governo
Axel Kicillof afirmou que a comissão legislativa revelou ligações sensíveis. Ele indicou que o enredo económico ainda não estava totalmente claro. Ele considerou necessário que o governo nacional desse explicações sobre a operação.
Ele também questionou o tratamento da informação pública sobre o caso. Ele disse que o Executivo deveria fornecer documentação que agilizasse a investigação.
Acusações contra Javier Milei
O governador acrescentou críticas ao presidente Javier Milei. Ele sustentou que a investigação deveria seguir a rota do dinheiro para conhecer o papel de cada funcionário. Ele afirmou que “se as contribuições vieram do círculo presidencial, a gravidade era maior”.
Kicillof alertou que as declarações conhecidas até agora justificam uma revisão institucional. Indicou que espera que a colaboração da Casa Rosada avance claramente.
O governador de Buenos Aires concluiu que o vínculo com a Nação exigia previsibilidade. Ele explicou que o cenário político continua aberto. Ele disse que esperava “seriedade” nas ligações e que sua gestão estava disposta a discutir questões-chave quando houvesse um desejo real de diálogo.





