O Governo argentino confirmou a candidatura de Rafael Grossi à Secretaria-Geral da ONU, uma aposta que procura posicionar o país no centro do debate global. O ministro das Relações Exteriores, Pablo Quirno, destacou sua liderança à frente da AIEA e citou seu papel nas recentes crises nucleares. Falta agora a reacção dos Estados-membros, o que é fundamental para avançar nas eleições.
Uma aposta diplomática com alcance global
A decisão de apoiar Rafael Grossi para secretário-geral da ONU marcou um movimento central na política externa argentina. Segundo o Itamaraty, sua carreira o posiciona como um candidato com experiência em desafios que afetam a segurança internacional. O anúncio buscou mostrar o país como ator com voz nos debates multilaterais.
O apoio público do chanceler Pablo Quirno
Pablo Quirno comunicou a nomeação através de X. Lá afirmou que era “uma honra e um privilégio” apresentar Grossi como candidato. Destacou também que sua gestão na Agência Internacional de Energia Atômica, a AIEA, demonstrou capacidade de liderança em momentos críticos. A sua mensagem procurou transmitir confiança face a um processo complexo e altamente político.
Grossi chefiou a AIEA durante seis anos. Durante esse período, enfrentou situações em que a segurança nuclear foi ameaçada, desde conflitos armados até tensões regionais que exigiam presença diplomática. Para o Itamaraty, essa experiência o perfila como um líder capaz de mediar crises que colocam em risco a estabilidade global.
É uma honra e um privilégio apresentar hoje a candidatura de Rafael Grossi (@rafaelmgrossi) para o cargo de Secretário-Geral das Nações Unidas.
Rafael Grossi é reconhecido internacionalmente pela extraordinária tarefa que vem desempenhando como Diretor Geral da…
-Pablo Quirno (@pabloquirno) 26 de novembro de 2025
Uma organização que exige reformas urgentes
O Governo apresentou a sua candidatura num momento chave para a ONU. A organização celebrará oitenta anos num ambiente marcado por crescentes rivalidades entre potências. Neste quadro, Quirno sustentou que a ONU precisa de reformas que reforcem a sua eficácia e revitalizem o seu papel na resolução de conflitos. Ele considerou que Grossi reúne condições para promover essas mudanças.
Comunicação oficial e fundamentos da aplicação
O Ministério das Relações Exteriores publicou um comunicado que formalizou o apoio argentino. Lá ele destacou o “firme compromisso” do país com a Carta das Nações Unidas. Lembrou também que a Argentina é membro fundador da organização e mantém um histórico reconhecido na promoção da paz e da cooperação internacional.
O documento destacou a vasta experiência de Grossi no serviço exterior. Mencionou a sua reeleição como chefe da AIEA em 2023 e afirmou que a sua gestão se caracterizou por ser “aberta, eficiente e orientada para resultados”. Essa descrição buscou mostrar um perfil profissional com solvência técnica e capacidade para avançar em missões sensíveis.
Razões que fortalecem sua candidatura
Para o Itamaraty, Grossi reúne atributos considerados centrais para a liderança da ONU: domínio do sistema multilateral, capacidade de sustentar o diálogo diplomático, papel comprovado em conflitos e domínio do idioma. O seu compromisso com a Carta das Nações Unidas e a sua presença nas crises recentes completam o perfil que a Argentina decidiu apoiar.
A eleição do próximo Secretário-Geral começará a ser definida nos próximos meses. No Governo de Javier Milei sustentam que a experiência de Grossi pode atrair apoios em diferentes regiões. No entanto, o resultado dependerá de negociações complexas no âmbito da Assembleia Geral e do Conselho de Segurança, onde cada voto terá um peso decisivo.







