Líder da oposição na Câmara dos Deputados diz que recusa será “interferência na organização do PL”
O líder da oposição na Câmara dos Deputados, deputado federal Luciano Zucco (PL-RS), protocolou nesta quarta-feira (3.12.2025) no STF (Supremo Tribunal Federal) um pedido para visitar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), detido na Superintendência da PF (Polícia Federal) em Brasília.
O parlamentar argumenta que mantém laços de amizade com Bolsonaro e que a visita terá como objetivo discutir questões políticas relativas à posição do PL na Câmara dos Deputados. A petição afirma que uma eventual negação da visita será “uma interferência deste Tribunal na organização de um partido político com ampla representação no Congresso Nacional”.
O pedido também menciona autorizações do ministro Alexandre de Moraes em outros processos penais, como no caso de Roberto Jefferson, Daniel Silveira e Rivaldo Barbosa, delegado da PC-RJ (Polícia Civil do Rio de Janeiro) acusado de envolvimento no assassinato de Marielle Franco em 2018.
“Como se pode verificar, os precedentes de autorizações concedidas por este Relator envolvem casos de investigações de crimes notoriamente graves, incluindo homicídios, e visitas de colegas parlamentares à pessoa sob custódia.”
Desde que foi preso, Bolsonaro recebeu visitas de seus advogados, de sua esposa, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, e de seus filhos: o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), o vereador do Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro (PL-RJ) e o vereador de Balneário Camboriú Jair Renan Bolsonaro (PL-SC).
CONDENADO E PRESO
Com o fim do trânsito em julgado, ou seja, a possibilidade de recursos contra a Ação Penal 2.668, Moraes determinou em 25 de novembro de 2025 que teriam início as sentenças do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e de 6 aliados condenados por tentativa de golpe de Estado.
O pedido veio depois que o processo foi encerrado. Isso se chama núcleo 1. Eles foram condenados no dia 11 de setembro pela 1ª Turma do STF. Votaram pela condenação do ex-presidente e dos outros 7 réus: Alexandre de Moraes, Flávio Dino, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin.
Aqui estão os locais onde os condenados cumprem suas penas:
Jair Bolsonaro, ex-presidente da República – cumpre pena de 27 anos e 3 meses de prisão na Superintendência da Polícia Federal do Distrito Federal, em Brasília; Walter Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil e Defesa – cumpre pena de 26 anos e 6 meses de prisão na 1ª Divisão do Exército, Vila Militar, Rio de Janeiro; Augusto Heleno, ex-ministro da Segurança Institucional – cumpre pena de 21 anos de prisão no Comando Militar do Planalto, em Brasília; Anderson Torres, ex-ministro da Justiça – cumpre pena de 24 anos no Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília (DF);
Alexandre Ramagem, deputado e ex-diretor-geral da Abin – deveria cumprir pena de 16 anos de prisão, mas está foragido nos EUA;
