Um tribunal superior federal em Abuja condenou Nnamdi Kanu, líder do Povo Indígena de Biafra (IPOB), por três das sete acusações de terrorismo apresentadas contra ele.
No seu julgamento de quinta-feira, James Omotosho, juiz presidente, referiu-se a provas apresentadas pela acusação, incluindo entrevistas em vídeo que mostram Kanu a fazer várias ameaças violentas contra a Nigéria e os seus cidadãos.
A primeira contagem acusa Kanu de fazer uma transmissão em setembro de 2021 “com a intenção de intimidar a população”, alegadamente ameaçando que “pessoas morreriam” e que “o mundo inteiro ficaria paralisado”.
A acusação descreveu a transmissão como um ato de terrorismo nos termos da secção 1(2)(b) da Lei (Emenda) de Prevenção do Terrorismo de 2015.
Ao analisar as evidências, Omotosho fez referência a gravações de vídeo apresentadas pela promotoria nas quais Kanu fazia ameaças violentas, dizendo que os materiais demonstravam uma intenção clara.
“A sua intenção era bastante clara, pois acreditava na violência. Estas ameaças de violência nada mais eram do que actos terroristas, que foram devidamente perpetrados pelos seus seguidores. Ele foi consumido pela violência e não se importou se o seu próprio povo morresse no processo. É claro que o arguido realizou actos preparatórios de terrorismo”, disse o juiz.
Ele observou que Kanu recusou repetidamente oportunidades de explicar o contexto das transmissões.
“Consequentemente, o réu é condenado pela contagem um”, disse Omotosho.
O tribunal ainda está proferindo julgamento sobre as acusações restantes.
