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Teerã e Havana assinam memorando de entendimento farmacêutico

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TEERÃ – O Irão e Cuba assinaram um memorando de entendimento para expandir a cooperação internacional no sector da saúde e aumentar o acesso a produtos de saúde.

A Administração de Alimentos e Medicamentos do Irã (FDA) e o Centro de Controle Estatal de Medicamentos e Dispositivos Médicos de Cuba (CECMED) assinaram um acordo de reconhecimento mútuo relativo a empresas e produtos farmacêuticos na terça-feira, informou a agência de notícias Mehr.

De acordo com o MOU, empresas licenciadas e centros de produção serão reconhecidos no outro país. Além disso, os produtos farmacêuticos e equipamentos médicos fabricados por cada parte serão registrados e aprovados no outro país.

Os certificados oficiais de registro de produtos existentes e novos serão emitidos no prazo máximo de um mês, sem necessidade de reavaliação, mediante apresentação dos documentos exigidos. Isto facilitará o acesso aos mercados de ambos os países.

A realização de cursos educacionais conjuntos em assuntos regulatórios, bem como o compartilhamento de conhecimentos e experiências técnicas, de engenharia e biológicas para construir e equipar fábricas, estão entre outras partes do MOU assinado.

O acordo estratégico é um passo importante para expandir os laços científicos, tecnológicos e económicos entre os dois países no sector da saúde, estabelecendo as bases para a participação activa em projectos educacionais e de investigação, particularmente vacinas, produtos biológicos e técnicas de diagnóstico laboratorial.

Esforços conjuntos

Em Setembro, Ali Jafarian, conselheiro sénior do ministro da saúde, e Tania Margarita Cruz Hernandez, ministra interina da Saúde Pública de Cuba, discutiram formas de expandir os laços médicos e científicos entre os dois países, tomando novas medidas para impulsionar a cooperação na produção de vacinas e no sector da biotecnologia.

A reunião centrou-se no acompanhamento dos acordos anteriormente alcançados entre o Irão e Cuba, promovendo colaborações científicas e técnicas com o Instituto Pasteur para transferir a tecnologia de produção de vacinas pneumocócicas do Instituto Finlay de Vacinas. Os responsáveis ​​também discutiram as capacidades potenciais para o fabrico da vacina.

Além disso, Jafarian manteve reuniões com outras autoridades cubanas, como o vice-ministro das Relações Exteriores, o vice-ministro de comércio exterior e investimentos, o chefe e diretor-geral do Centro de Controle Estatal de Medicamentos e Dispositivos Médicos de Cuba (CECMED), os diretores do Instituto Finlay de Vacinas, do Centro de Engenharia Genética e Biotecnologia (CIGB), do Grupo de Biotecnologia e Indústrias Farmacêuticas de Cuba, BioCubaFarma, do Centro Cubano de Imunologia Molecular (CIM), bem como o maior hospital em Cuba, Hermanos Ameijeiras.

Os laços médicos entre o Irão e Cuba datam de mais de três décadas, e a primeira cooperação entre os dois países começou com a transferência de tecnologia para o fabrico da vacina contra a hepatite B do CIGB de Cuba para o Instituto Pasteur do Irão.

Nos últimos anos, os dois países desenvolveram com sucesso uma vacina contra a Covid-19 (PastoCovac), e o processo de transferência de tecnologia para a vacina pneumocócica está atualmente em curso.

Segundo Jafarian, Cuba é um dos países da América Latina com o mais alto nível de cooperação com o Irão em diversos domínios, incluindo o sector da saúde.

“Graças às tecnologias avançadas em Cuba, os dois países beneficiaram de parcerias colaborativas no sector da saúde, como o desenvolvimento de vacinas”, disse Jafarian, citando a IRNA.

MT/MG



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