Alguns agentes financeiros acreditam que membros da autoridade monetária dos EUA falaram com cautela
O dólar comercial fechou a R$ 5,338 nesta quarta-feira (19.nove.2025), com alta de 0,38%. A moeda norte-americana atingiu R$ 5,321 na mínima e R$ 5,347 na máxima. O Ibovespa, principal índice da B3 (Bolsa de Valores de São Paulo), registrava queda de 0,47% às 17h, aos 156.992 pontos.
Os investidores reagiram à ata do Fomc (Comitê Federal de Mercado Aberto), publicada nesta quarta-feira (19.nov.2025). O Fed (Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos) decidiu em outubro cortar as taxas de juro em 0,25 pontos percentuais.
Dois membros do conselho votaram de forma diferente. Optou-se por uma redução maior, de 0,5 ponto percentual. Outro votou para manter a taxa no mesmo nível. Aqui está o documento completo (PDF – 447 kB, em inglês). A faixa de juros caiu de 4,00% para 4,25% para 3,75% para 4,00% ao ano.
Os economistas avaliam que, durante a discussão sobre política monetária relatada no documento, a maioria dos membros do colegiado apoiou a manutenção dos juros.
Alguns economistas acreditam que houve um sinal de cautela para as próximas reuniões. Andressa Durão, economista da ASA, afirmou que o processo de convergência da inflação teria estagnado e o Fed já poderia estar próximo da taxa de juros neutra. “Um novo corte em dezembro pode não ser apropriado”, disse ele.
Paula Zogbi, estratega-chefe da Nomad, declarou que a acta mostrava vários membros da comissão a favor da manutenção das taxas de juro nos níveis actuais até ao final do ano, embora nem todos fossem eleitores.
“Foi reforçada a narrativa de que a decisão não foi tomada, dependendo dos dados económicos. Depois da ata, as apostas de corte na próxima reunião, que estavam perto dos 100% no mês passado, caíram para perto dos 33%, contra 66% da manutenção”, disse Zogbi.
Os agentes financeiros também aguardam a publicação da folha de pagamento dos EUA, que contém dados sobre o mercado de trabalho do país. Os investidores ficaram no escuro nos últimos dias devido à paralisação de 43 dias dos serviços governamentais.







