Arquiteto explica porque contabilidade, inovação e cultura horizontal são pilares do crescimento
Em entrevista ao PodSonhar, do Poder360, a arquiteta e fundadora da Kemp (empresa de engenharia e arquitetura que atua desde a análise de viabilidade técnica até o desenvolvimento de projetos e gestão de obras), Barbara Kemp, compartilhou reflexões e práticas que considera essenciais para quem quer empreender. Responsável por projetos de grande porte, como a mudança de marca de 3 mil lojas em 11 meses, ela detalhou 7 pontos que marcaram sua trajetória.
Por que empreender
Bárbara afirma que o ponto de partida é entender a real motivação. “É importante saber por que você deseja iniciar um negócio”, disse ele. Ela relatou que decidiu abrir sua própria empresa ao perceber que seu esforço como funcionária “não estava sendo remunerado da maneira que ela pensava que poderia ser”.
Segundo a empresária, é preciso considerar “todos os prós e contras” e reconhecer as ilusões comuns: “Quero abrir um negócio porque meu chefe é chato?
Esteja preparado para perder no início
O fundador da Kemp destacou que o empreendedorismo exige abrir mão da estabilidade. “Antes de renunciar, é importante considerarmos as perdas”, disse ele. Ela alerta ainda: “Quem é empresário não pode tirar 30 dias de férias. Demorei 10 anos para poder viajar de férias”.
Cuidado com a contabilidade
Bárbara disse que demorou para entender a importância da área tributária dentro do negócio: “Vi isso muito tarde. Já estava na empresa há mais de 10 anos e paguei muito por isso”. Ela explicou que recebeu orientações incorretas, foi tributada incorretamente e teve que pagar valores elevados.
“Contabilidade não é matemática, apesar de ser um número”, disse ele. Por isso, recomenda que os empresários estudem o básico e mantenham o controle direto dos impostos.
Faça diferente
Bárbara afirmou que criou a Kemp para romper com o modelo hierárquico que vivenciava como funcionária. Segundo ela, a empresa nasceu com uma cultura de horizontalidade – formato que “sempre aproximou os colaboradores” da liderança.
Inove dentro do que você faz
O empresário descreveu processos de melhoria contínua, digitalização e padronização. Ela afirma que “inovar não é desenvolver um sistema. Às vezes, trata-se de olhar para o seu processo e ver onde estão seus cotovelos e band-aids”.
Decida com base em dados
Bárbara reforçou que a empresa só poderá utilizar ferramentas como inteligência artificial se os dados estiverem organizados. Para ela, é fundamental que um empreendedor “tenha conhecimento dos dados da sua empresa”.
“Se você não tiver seus dados corretos e estruturados, não conseguirá que a IA o ajude”, disse ele.
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