O líder do PT na casa chama Tarcísio de Freitas ilegal e inconstitucional
Líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (RJ) chamou o movimento do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (republicanos) de “interferência inadequada”. O ex -ministro do Governo Bolsonaro está em Brasília desde a 3ª (2.set.2025) para articular o apoio ao texto de que a anistia aqueles envolvidos nos ataques de 8 de janeiro. Para o deputado, aprovar algo nesse sentido seria um “golpe parlamentar”.
“Recuso -me a acreditar que isso se baseia. Essa é uma interferência imprópria. Seria um tipo de golpe parlamentar. O governador de São Paulo está, na minha opinião, em uma conduta que não é de São Paulo. Deve ser uma conduta de respeito pelo Supremo Tribunal.
A declaração foi dada na quarta -feira (3.Set) em conversa com jornalistas da Suprema Corte (STF). Lindbergh observou uma parte do apoio oral da defesa de Jair Bolsonaro (PL). Ele foi acompanhado pelos deputados Orlando Silva (B-SP PC) e Fernanda Melchionna (PSOL-RS).
“Deixamos a reunião de líderes ontem impressionados com a proposta de como isso pode ser processado na Câmara dos Deputados. Porque eles falaram abertamente sobre protegê -la logo após o julgamento”, disse Lindbergh.
O político também falou sobre uma declaração do presidente do STF, Luís Roberto Barroso. O ministro havia dito que a anistia antes do julgamento é “uma impossibilidade” e que, após a deliberação, “se torna uma questão política”. A declaração foi feita em uma palestra em Cuiabá, na Associação de Produtores de Soja e Corn de Mato Grosso, em 18 de agosto.
“Em nossa avaliação, eles distorceram o discurso do ministro Barroso, como se fosse uma palestra que a Constituição permitisse o uso desse Instituto de Anistia. Para nós, é claramente inconstitucional. Então, nós (o governo) trabalharemos duro. Isso é algo central para todos que querem a democracia restaurada”, disse Lindbergh.
Como foi o primeiro dia de julgamento:
O julgamento de Bolsonaro
A 1ª classe do Supremo Tribunal julga o ex -presidente Jair Bolsonaro (PL) e mais 7 réus por tentativa de golpe. A análise de caso pode aumentar até 12 de setembro.
Integre a 1ª classe do STF:
Alexandre de Moraes, Relator da Ação; Flávio Dino; Cristiano Zanin, presidente da 1ª classe; Cármen Lúcia; Luiz Fux.
Bolsonaro nomeou 9 advogados para defendê -lo.
Os 3 principais são Celso Villardi, Paulo Cunha Bueno e Daniel Tesser. Os outros fazem parte dos escritórios que agem na defesa do ex -presidente.
Além de Bolsonaro, eles são réus:
Alexandre Ramagem, ex -diretor da Abin; Almir Garnier, ex -comandante da Marinha; Anderson Torres, ex -ministro da Justiça; Augusto Heleno, ex -ministro da Segurança Institucional; Mauro Cid, ex -ordens presidenciais; Paulo Sérgio Nogueira, ex -ministro da Defesa; Walter Braga Netto, ex -ministro da Câmara Civil.
O núcleo 1 da tentativa de golpe foi acusado pelo PGR de cometer 5 crimes: organização criminosa armada e tenta abolir o estado de direito e golpe democrático, além de danos e deterioração qualificados da herança listada.
Se Bolsonaro for condenado, a penalidade mínima é de 12 anos de prisão. O máximo pode atingir 43 anos.
Se houver uma condenação, os ministros definirão a penalidade individualmente, considerando a participação de cada réu. As penalidades determinadas contra Jair Bolsonaro e as outras 7 acusadas, no entanto, só serão cumpridas após o julgamento final, quando não houver mais possibilidade de apelação.
Como ex -presidente, se condenado em Res Judicata, Bolsonaro deve ser preso em uma sala especial em Papuda, prisão federal em Brasília, ou na Superintendência PF (Polícia Federal) na capital federal.