“A gestão se solidariza com todos os passageiros que dependem do transporte público e que hoje sofrem com o descaso, a irresponsabilidade e a falta de compromisso dessas empresas com a população”, afirma.
Willian Moreira/Futura Press/Estadão Conteúdo – 15/12/2022 Segundo representantes do sindicato dos motoristas e trabalhadores, SindMotoristas, a greve se deve ao não pagamento do 13º salário e do vale-refeição de férias, que estariam previstos para esta semana
A Prefeitura de São Paulo afirmou nesta terça-feira, 9, que, a pedido do prefeito Ricardo Nunes (MDB), a Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana e Transportes e a SPTrans registraram Boletim de Ocorrência contra as empresas que aderiram à greve do transporte público sem aviso prévio.
“A gestão se solidariza com todos os passageiros que dependem do transporte público e que hoje sofrem com o descaso, a irresponsabilidade e a falta de compromisso dessas empresas com a população”, afirma.
Conforme mostrou o Estadão, motoristas e cobradores de ônibus iniciaram greve parcial nesta terça-feira. Os veículos começaram a ser retirados de circulação a partir das 16h em diversas regiões da cidade. Há registros de falta de ônibus no Parque Dom Pedro II, no centro, Tremembé e Tucuruvi, na zona norte da capital, e no Grajaú e Campo Limpo, na zona sul.
A Prefeitura de São Paulo determinou a suspensão do rodízio de veículos na tarde desta terça-feira devido à paralisação de ônibus na cidade.
As linhas 13-Jade e 10-Coral da CPTM apresentam falhas nesta terça-feira, 9. Os trens da linha 10 circulam em velocidade reduzida e têm tempos de parada maiores entre as estações Palmeiras-Barra Funda e Luz, devido a problemas técnicos. Na linha 13, os trens não circulam entre as estações Luz e Palmeiras-Barra Funda.
Segundo representantes do sindicato dos motoristas e trabalhadores, SindMotoristas, a greve se deve ao não pagamento do 13º salário e do vale-refeição dos feriados, que estavam previstos para esta semana.
O estopim para o anúncio da greve foi uma carta enviada pelas empresas de ônibus nesta terça-feira solicitando o adiamento dos pagamentos, o que teria entrado em conflito com o acordado anteriormente.
Na carta, obtida pelo Estadão, representantes dos consórcios afirmam que o pedido de prorrogação do prazo decorre de reunião realizada nesta terça-feira com a Secretaria de Mobilidade e Transportes de São Paulo (SMT).
“Fomos informados que seria dado conhecimento prévio sobre os estudos e consequentemente os valores a serem liberados antes do julgamento do TCM (Tribunal de Contas do Município)”, diz o documento.
Procurado pela reportagem, o Sindicato das Empresas de Transporte Público Urbano de Passageiros de São Paulo (SPUrbanuss) ainda não retornou.
A perspectiva é que o impacto seja maior a partir do final da tarde, pois alguns motoristas deixarão de trabalhar somente após concluírem os trajetos atuais e o fluxo de passageiros aumentará, devido aos horários de pico.
Nas redes sociais, passageiros já relatam receios em relação ao anúncio da paralisação em dia de chuva na capital. “Pensando em como vou chegar em casa”, escreveu um usuário no X (antigo Twitter)
A Prefeitura da capital afirma que “os repasses às empresas de ônibus estão em dia e o pagamento do 13º salário dos trabalhadores é de responsabilidade exclusiva das concessionárias”.
*Conteúdo do Estadão







