As forças de segurança procuram conter o avanço do Comando Vermelho na região; O confronto repercutiu no transporte e no funcionamento de 16 unidades de ensino nesta quarta-feira (19)
Divulgação/PMERJ Fuzis e pistola foram apreendidos durante operação na Vila Kennedy
As forças de segurança do Rio de Janeiro lançaram, na madrugada desta quarta-feira (19), uma nova etapa da Operação Contenção. A ação integrada, que reúne as polícias Civil e Militar, está concentrada na Vila Kennedy, Zona Oeste da capital, com o objetivo de impedir a expansão territorial da facção Comando Vermelho (CV) para áreas dominadas por grupos rivais.
Até às 7h30, o balanço parcial da operação incluía cinco detenções. Além disso, confrontos intensos resultaram na morte de dois suspeitos e em outros dois feridos.
Perseguição e apreensões
Logo no início do cerco tático à comunidade, houve uma tentativa de fuga por parte de um grupo de criminosos. Agentes do Batalhão de Polícia da Via Expressa (BPVE) perseguiram o veículo dos suspeitos até o bairro Realengo. Após troca de tiros, os quatro ocupantes do carro foram baleados.
Dentro do carro, as autoridades apreenderam um arsenal de guerra composto por:
Dois rifles;
Uma pistola;
Granadas;
Escola usada como esconderijo
Um dos pontos mais críticos da operação ocorreu na Escola Municipal Joaquim Edson de Camargo. Segundo a polícia, a unidade de ensino era usada por traficantes de drogas como depósito e esconderijo.
No local, os agentes encontraram um vasto estoque de entorpecentes – incluindo maconha, crack e cocaína – escondido em um dos quartos. A instituição estava fechada no momento da apreensão.
Impacto na rotina da população
A operação teve consequências para os moradores da região:
As atividades foram suspensas em pelo menos 16 unidades de ensino;
O sindicato Rio Ônibus informou que 32 linhas de ônibus tiveram seus trajetos desviados preventivamente para garantir a segurança dos passageiros e trabalhadores dos ônibus;
Contexto e forças envolvidas
A Vila Kennedy é apontada pelo setor de inteligência policial como base operacional do Comando Vermelho para planejar invasões a territórios vizinhos controlados por milicianos e pelo Terceiro Comando Puro (TCP).
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Para combater esta estrutura, a ação conta com tropas de elite e unidades especializadas, incluindo:
Polícia Militar: Comando de Operações Especiais (COE), Bope e 14º BPM (Bangu);
Polícia Civil: Coordenação de Recursos Especiais (Núcleo), Delegacia de Roubos e Furtos de Automóveis (DRFA) e Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE);
O coronel Marcelo de Menezes Nogueira, secretário estadual da Polícia Militar, reforçou que a integração de forças visa enfraquecer a organização criminosa que ameaça tanto a população quanto os agentes de segurança do Estado.








