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‘Calvo da Campari’ diz que houve agressão mútua e nega tentativa de estupro contra namorada

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O treinador foi preso em flagrante na madrugada deste sábado, 29, em Salto, no interior de São Paulo, após ser acusado pela namorada de agressão e tentativa de forçar relação sexual

Reprodução “Tenho problema com álcool, não deveria ter bebido. Esses erros são meus”, disse o influenciador

O treinador e influenciador Thiago da Cruz Schoba, 37, conhecido como Thiago Shutz, o “Calvo do Campari”, usou sua conta no X para negar que tenha tentado estuprar a namorada. Ele admitiu ter agredido a mulher, mas afirmou que foi uma agressão mútua, pois estava se defendendo.

O treinador foi preso em flagrante na madrugada deste sábado, 29, em Salto, no interior de São Paulo, após ser acusado pela namorada de agressão e tentativa de forçar relação sexual. Ele foi liberado após audiência de custódia e deverá cumprir medidas protetivas previstas na Lei Maria da Penha. A mulher, vítima do caso, teve a identidade preservada. A reportagem tenta contato com a defesa de Thiago.

Nesta terça-feira, 2, o Ministério Público de São Paulo pediu à Justiça a reabertura de um processo de 2023 em que Thiago é acusado de ameaça e violência psicológica contra a atriz Lívia La Gatto e a cantora Bruna Volpi. Os supostos crimes foram cometidos em fevereiro daquele ano nas redes sociais. Na época, a suspensão do processo foi proposta pelo próprio MP e estava condicionada a que Thiago não fosse novamente processado por quaisquer outros crimes.

Durante o que chamou de “declaração oficial”, o treinador negou violência sexual. “Acusar-me de tentativa de estupro, o que nunca fiz e nunca faria na minha vida, é muito grave.” Ele afirma que houve uma discussão e os dois acabaram brigando fisicamente. No vídeo, ele mostra arranhões. “Estou todo machucado”, diz ele.

Segundo ele, a namorada viajou de Sorocaba para Salto, onde mora, e iam passar o fim de semana juntos. Os dois estavam na sala quando ocorreu uma discussão, segundo a versão deles. “Tivemos um ataque físico mútuo depois de uma discussão muito acalorada quando tentei terminar o relacionamento.” Ele disse que estava sendo atacado e a empurrou e tentou afastá-la agarrando seu pescoço. “Eu sei que cometi um erro”, diz ele.

Ele também admitiu que estava bêbado. “Tenho um problema com álcool, não deveria ter bebido. Esses são meus erros.” Thiago conta que a esposa sempre demonstrou estar apaixonada por ele e falou em casamento.

O treinador também revela detalhes sobre a vida íntima deles com referências ao “sexo selvagem”, mas diz que sempre foi com o consentimento deles. “O sexo foi muito intenso, muito selvagem e muito acalorado, num nível que praticamente não pode ser explicado.”

Muitas vezes associado à “pílula vermelha”, movimento misógino, ele nega exercer liderança. “Não represento nenhum movimento, não sou líder de nada”, diz. No vídeo, ‘Calvo da Campari’ reafirma que “não houve estupro e nem tentativa de estupro de minha parte. É cruel, para não dizer bárbaro, tentar acusar esse tipo de crime contra mim.

Como foi a prisão

Segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP-SP), policiais militares foram acionados na noite desta sexta-feira, 28, para atender uma ocorrência de violência doméstica na rua Floriano Peixoto, em Salto. A vítima, de 30 anos, foi encontrada com ferimentos, próximo à residência do treinador, e relatou ter sido agredida pelo companheiro. Schoba foi preso no bairro.

Os dois foram encaminhados ao hospital municipal para atendimento médico e perícia e, em seguida, encaminhados à Delegacia de Itu para prestar depoimento. O caso foi registrado como violência doméstica e lesão corporal.

O que aconteceu em 2023

Em fevereiro de 2023, Schutz viralizou com vídeos em que exemplificava situações de suposta “manipulação feminina”, que geraram ampla repercussão negativa. Após ser alvo de sátiras, como o vídeo da atriz e comediante Lívia La Gatto ironizando discursos misóginos, a influenciadora reagiu com a frase “processo ou bala”, segundo o MP. Ele também enviou mensagens ameaçadoras à influenciadora Bruna Volpi.

O caso resultou em denúncia por violência psicológica apresentada pelo Ministério Público em março do mesmo ano. Em novembro de 2023, porém, a Justiça suspendeu o processo por dois anos, por proposta do MP, desde que o influenciador não fosse novamente processado por outros crimes no período. Nesta terça-feira, o MPSP adicionou uma petição ao processo pedindo a revogação do acordo. O pedido aguarda decisão judicial.

*Conteúdo do Estadão



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