Questionado sobre o que os dois conversaram, o presidente do Palmeiras disse que eles se parabenizaram pela ida à final da Libertadores
Ettore Chiereguini/Agif/Estadão Conteúdo ‘São os dois clubes mais bem administrados do futebol sul-americano’
Um dos momentos mais esperados da CBF Summit Academy desta quarta-feira (26) foi o encontro entre Leila Pereira e Luiz Eduardo Baptista, o Bap. Os presidentes do Palmeiras e do Flamengo estão em guerra desde meados de outubro por causa da ação movida pelo clube carioca contra os times de Libra, mas a troca de farpas do passado deu lugar a um clima amigável.
Os dois conversaram sobre a final da Libertadores entre Palmeiras e Flamengo. Bap foi bastante cercado pelos presentes, enquanto Leila só chegou na hora da mesa. Ela cumprimentou lideranças que estavam na primeira fila, inclusive o presidente rubro-negro, que retribuiu a cordialidade e a cumprimentou novamente antes de deixar o local para outro compromisso.
Questionada sobre o que os dois conversaram, ela disse que os dois se parabenizaram pela ida à final da Libertadores. “São os dois clubes mais bem administrados do futebol sul-americano. Tenho certeza que a torcida presenciará um grande espetáculo”, disse Leila.
Leila Pereira admitiu que enfrenta um momento de “turbulência” no Palmeiras. O time foi derrotado pelo Grêmio nesta terça-feira, em Porto Alegre, e viu o Flamengo colocar a mão na taça do Brasileirão. Apesar do momento de instabilidade do time, ela reforçou a confiança no seu trabalho e voltou a dizer que deseja a renovação do técnico Abel Ferreira.
“Independentemente do resultado (da Libertadores), desejo que Abel e o diretor de futebol continuem até dezembro de 2027, quando termina meu mandato”, disse.
“Estou sempre pensando no melhor do Palmeiras. A paixão nunca me tira a razão. Então me irrita muito quando o torcedor quer se mostrar mais que os outros. Demonstro meu amor pelo Palmeiras com meu respeito. Luto pelo melhor do Palmeiras e para ter conosco os melhores profissionais”, destacou.
Em sua fala, Leila afirmou ainda que não é uma “líder de raiz” e que levou para o Palmeiras lições aprendidas com seu trabalho fora do futebol.
“Se tem uma coisa que o mercado financeiro me ensinou e que levei para o futebol foi não ouvir o que os outros falam. Sou uma pessoa racional, sei quando as coisas não vão bem, não sou idiota. Nunca perco, ou ganho ou aprendo. Quando aprendo garanto que não vou errar de novo”, disse.
Leila também demonstrou confiança no título da Libertadores. “Tenho certeza que a torcida fará uma grande festa. Nossos atletas farão de tudo para levar esse troféu para São Paulo”.
O trabalho realizado por Leila chegou a ser elogiado por Bap durante seu discurso ao público. “Você vê a estabilidade do Abel no Palmeiras. Não me lembro de um clube que tenha treinador há tanto tempo. Principalmente lidar com a torcida”, destacou.
“O futebol é finito em 90 minutos e o dirigente que não entende isso não vai longe no planejamento”, completou o presidente rubro-negro.
Elogios ao fair play financeiro
Além de elogiarem as administrações um do outro, Leila e Bap aproveitaram para destacar a implementação do fair play financeiro no Brasil a partir de 2026. O detalhamento do modelo é o destaque da Smummit Academy deste ano.
“O fair play financeiro é fundamental. Nunca me comprometo com o que não posso cumprir. Não sou um líder e quando me tornei presidente decidi que o futebol não iria tirar a minha credibilidade. Aquilo que nos comprometemos, nós cumprimos. É injusto competir pagando em dia com clubes que não pagam ninguém e ganham campeonatos. Acho fundamental recuperarmos a credibilidade do futebol brasileiro”, comentou o presidente do Palmeiras.
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“Comecei esse movimento no Flamengo em 2009, 2010… O clube não cumpriu nada que assinou e isso me trouxe um misto de vergonha e indignação. Isso foi importante para o Flamengo buscar o equilíbrio nos anos seguintes.
*Com informações do Estadão Conteúdo
