A edição deste ano é inspirada no trabalho do poeta concecê
Paulo Pinto/Agência Brasil Show, que é gratuito, está em exibição até 11 de janeiro
Inspirada no poema de calma e silêncio, o poeta afro-brasileiro concecia evaristo, a bienal de São Paulo abre ao público no sábado (6), no Ciccillo Matarazzo Pavilion, de Ibirapuera Park, em São Paulo, trazendo juntas 125 artistas e coletivos. O show gratuito está em exibição até 11 de janeiro. Esta é a edição mais longa da Bienal em sua história. De acordo com o presidente da Fundação Bienal de São Paulo, Andrea Pinheiro, a idéia de expandi -la para um período de 4 meses de exposições visa aproveitar as férias escolares e estimular para que mais pessoas possam visitar o evento.
Nas últimas edições, a bienal recebeu mais de 700.000 visitantes, reafirmando seu lugar como o maior evento de arte contemporânea no Hemisfério Sul. “Com um grande espaço para reuniões, a bienal é marcada pela diversidade de não apenas artistas, mas também produtores. O programa e toda a sua programação são totalmente gratuitos. Este é um ponto surpreendente”, disse o presidente da Fundação Bienal.
“Estendemos a duração da bienal por mais quatro semanas, visitando até 11 de janeiro, para expandir esse projeto significativo, incluindo as férias escolares, que é um período super importante para os museus de São Paulo”, acrescentou. Para este ano, destacou o presidente da Fundação Bienal, o objetivo não é apenas expandir o público visitante, mas também expandir as atividades educacionais.
“Na última bienal, quase 70.000 crianças foram servidas aqui neste pavilhão por nosso programa educacional. Este ano, expandimos esses esforços de captura para definir uma nova meta de 100.000 crianças (participando de atividades educacionais) no pavilhão. Além disso, os enorme impacto de um impacto de um número de mais de 18.000 filhos.
Humanidade como prática
Sob o título, nem todo viajante caminha estradas – da humanidade como prática, extraída de versículos do poema da conceção evaristo (nem todas as estradas são estradas, existem mundos submersos, que apenas o silêncio da poesia penetra), a proposta da Bienial artística é repensar a humanidade. A curadoria geral é de Bonaventure Soh Bejeng Ndikung, com a co-capa de Alya Sebti, Anna Roberta Goetz, Thiago de Paula Souza, Keyna Eleison e o consultor de comunicação e estratégia Henriette Gallus.
“O poema da conceção evaristo, de calma e silêncio, nos faz questionar esse caminho em que a humanidade está viajando”, explicou Bonaventure Soh Bejeng Nndikung. “(Hoje) essa viagem ameaça um ao outro com armas nucleares. Há também a jornada da fome, para manter as pessoas com fome, embora tenhamos tantos grãos e tantos silos ao redor do mundo. Há pessoas que não têm lugar para viver. Também temos a jornada de colonialismo e escravizar as pessoas. Então, estamos refletindo sobre o que outros caminhos podemos seguir”, acrescentou.
Apesar desse avanço do projeto de desumanização e outras emergências no mundo de hoje, como as guerras, Ndikung diz que é um otimista e aponta para a arte como uma possível maneira de enfrentar essas violências e resistir à destruição. “A arte nos dá a possibilidade, sensibilidade e ferramentas para reconsiderar o mundo em que vivemos”, diz ele.
Em uma conferência de imprensa, Ndkung enfatizou que uma das características de ser humana é ter empatia, observando que esse é um dos temas presentes na bienal deste ano. Para ele, é necessário não apenas sentir a dor do outro, mas também para poder compartilhar suas alegrias e celebrações. “O ser humano está superando a indiferença da dor dos outros e entender quais são suas causas. O ser humano é ter consideração, ter compaixão, está adotando as multiplicidades internas. É reconhecer que nas ruínas e nos escombros de nossa destruição, há abundância. Pensamos na riqueza que vai além do termo capital. Não é ser passivo.
“Nosso principal desejo é pensar em como a arte contemporânea pode nos guiar na construção de outros imaginários políticos e exercitar nossa própria humanidade”, lembra o co -curador Thiago de Paula Souza, em entrevista à AgÊncia Brasil. “Acho que é por isso que chamamos tantos artistas para tentar responder a isso. Temos artistas do Japão, Marrocos, Brasil. Cada um desses contextos propõe novas reflexões”, explica ele.
Deslocamentos e fluxos migratórios
Uma das grandes discussões presentes nesta edição da Bienal é a reflexão sobre os deslocamentos e os fluxos migratórios. Até a equipe conceitual foi inspirada nos fluxos migratórios dos pássaros como um guia para a seleção de artistas participantes. “Como os pássaros, também carregamos memórias, experiências e idiomas cruzando fronteiras. Migramos não apenas por necessidade, mas como uma forma de transformação contínua”, diz o texto da apresentação bienal.
Também de acordo com os organizadores do programa, os participantes bienais vêm de regiões permeadas por rios, mares, desertos e montanhas, cujas águas e bancos seguem histórias de migração, resistência e coexistência. E é essa força transformadora de rios e natureza que permeará toda a exposição do evento, um projeto assinado por Gisele de Paula e Tiago Guimarães. Portanto, toda a concepção da bienal foi pensada sob a metáfora de um estuário.
“O estuário é esta reunião de águas, por exemplo, de água doce com água salgada. Eles geralmente são lugares muito férteis, onde a vida é abundante. Então, acho que essa é uma boa metáfora para pensarmos em como imaginamos o espaço da bienal. Queremos que seja um espaço muito abundante da vida”, diz a suportes da paula.
Este estuário foi dividido pelos curadores em seis capítulos. Chamada frequências de chegadas e pertences, o primeiro começa com um enorme jardim, projetado no térreo, com um trabalho de precioso Okoyomon. A instalação tem uma topografia irregular, fazendo o visitante passar por pequenas cachoeiras, lagos e áreas acidentadas. Entre as plantas presentes, existem espécies medicinais, comestíveis e invasoras provenientes das Américas, do Caribe e, acima de tudo, do Cerrado Brasileiro.
Neste jardim vivo, onde pedras, água, plantas e luz se entrelaçam, Precious propõe que essa experiência é um convite para descansar e ouvir, mas também para a consciência de que o mundo natural opera em ritmos mais amplos que o humano. A proposta deste primeiro eixo é fazer o público desacelerar e se reconectar com a natureza.
“No térreo, temos muitos trabalhos que são outro tipo de continuação para dialogar com o parque. Muitos artistas trabalham com matéria orgânica ou têm interesse em florescer ou jardinar. É como se o público ainda estivesse inserido no parque”, explica Thiago de Paula Souza.
O próximo capítulo foi chamado de gramática de insurgência e os concentrados de trabalho que abordam diferentes formas de resistência à desumanização. A idéia é convidar o público a se ver no reflexo do outro, enfrentando as barreiras e as fronteiras sociais. O capítulo 3, sobre ritmos e narrações espaciais, aborda as marcas que foram deixadas por migrações e transformações humanas, entre elas, a escravidão dos negros. Entre as obras presentes está uma proposta de uma nova Arca de Noé, criada pelo artista Moffat Takadiwa, especialmente para a Bienal.
Revestido com resíduos plásticos e metálicos, a arca se transformou em um navio ou um portal. A proposta é refletir sobre o capitalismo, racismo e colapso ambiental. A proposta deste terceiro eixo destacar os curadores é refletir sobre a colonialidade e as estruturas de poder. Para isso, tudo se baseia no movimento Mangubit, que surgiu em Recife e que teve seu principal expoente Chico Science (1966-1997).
“Manguebit é uma referência de pensamento. Recife também tem um grande estuário, o rio Capibaribe. Então, a figura do estuário volta aqui novamente. Nesse espaço, queremos pensar no que aconteceu em Recife nos anos 90, a região que estava envolvida com tanta desigualdade social. Ainda assim, as pessoas, que ainda são as pessoas que pensam, pensando que pensa que pensa que pensa que pensa que pensa que pensa que pensa em humanidade. Thiago de Souza Paula.
Capítulo 4, Fluxos de Cuidado e Cosmologias Plurais apresenta obras que rompem com modelos coloniais e patriarcais. No capítulo 5, que recebeu o nome de transformação, a idéia é que a mudança seja uma condição permanente, apresentando trabalhos que estão mudando de forma durante o período dexoSitive. O último capítulo, a beleza intratável do mundo, comemora a beleza como um ato de resistência.
Os artistas
A lista de artistas inclui participantes que exploram idiomas como desempenho, vídeo, pintura, som, instalação, escultura, redação e experimentos coletivos e musicais, entre outros. Muitos participantes também propõem investigações baseadas em práticas comunitárias, ecologias, oralidades e cosmologias não ocidentais. No total, obras de 120 artistas serão apresentadas no Pavilhão de Ciccillo Matarazzo em Ibirapuera, enquanto outros cinco artistas exibirão seus trabalhos na casa do povo na região de Luz.
Siga o Young Pan News Channel e obtenha as principais notícias do seu WhatsApp!
Além das exposições, a Bienal também propõe debates, performances e um projeto chamado aparições, onde os participantes poderão baixar um aplicativo para usar recursos de realidade aumentada em vários lugares ao redor do mundo, como o Parque Ibirapuera, o México e os Estados Unidos na fronteira e nas margens do rio Congo. Mais informações sobre o evento estão no site da Bienal. Mais informações sobre o evento estão no site da Bienal.
*Com informações de AgÊncia Brasil