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‘Ângela Diniz’: o crime que mudou o Brasil ganha série impactante na HBO Max

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Quase 50 anos depois do assassinato que expôs o machismo no país, nova produção da HBO Max revive a história de Ângela Diniz

Divulgação/HBO Max Marjorie Estiano interpreta Ângela Diniz na série da HBO Max que revisita o crime que mobilizou o país e redefiniu o debate sobre a violência contra a mulher no Brasil

Cinco décadas depois de um dos crimes mais emblemáticos da história brasileira, a HBO Max lançou nesta quinta-feira (13) “Ângela Diniz: Assassinada e Condenada”, série que reconstrói a trajetória da socialite carioca morta a tiros pela então companheira, Doca Street, em 1976. A produção investiga os bastidores de um caso que expôs desigualdades de gênero e influenciou a luta pelos direitos das mulheres no país.

Inspirada no podcast “Praia dos Ossos”, da Rádio Novelo, a série revisita o julgamento que escandalizou o Brasil, não só pelo crime brutal, mas pela forma como Ângela se transformou de vítima em arguida. A narrativa mostra como a independência e a vida livre de Ângela, considerada ousada para a época, acabaram sendo usadas contra ela na Justiça, na tentativa de justificar o assassinato com a polêmica tese da legítima defesa da honra.

A história ganha força com Marjorie Estiano no papel de Ângela e Emilio Dantas como Doca Street, acompanhada de um elenco de peso que conta com Antônio Fagundes, Thiago Lacerda, Camila Márdila, Yara de Novaes, entre outros nomes consagrados. É dirigido por Andrucha Waddington e o roteiro é escrito por Elena Soárez (“O Mecanismo”, “Filhos do Carnaval”).

Um crime, dois julgamentos – e uma viragem histórica

O assassinato ocorreu no dia 30 de dezembro de 1976, na casa de praia de Ângela, em Búzios (RJ). Após uma discussão, Doca Street atirou quatro vezes no companheiro. O caso ganhou manchetes em todo o país e, no julgamento, o réu alegou ter agido em defesa de sua honra. O júri acolheu o argumento e Doca foi condenada a apenas dois anos de prisão, pena que gerou comoção e revolta.

A indignação popular impulsionou os movimentos feministas e levou o caso a um novo julgamento em 1981, quando Doca foi condenada a 15 anos de prisão. O episódio tornou-se um marco na discussão sobre violência de gênero e igualdade perante a lei. Em 2023, o Supremo Tribunal Federal declarou oficialmente inconstitucional a tese da “legítima defesa da honra”, reconhecendo seu caráter sexista e discriminatório.

Mais do que reconstituir um crime, “Ângela Diniz: Assassinadas e Condenadas” propõe uma reflexão sobre a sociedade brasileira e como ela lida com as mulheres que ousam viver fora dos padrões. A produção revisita o passado para provocar o presente, lembrando que, embora o caso tenha quase 50 anos, as discussões que suscita continuam urgentes.

Os dois primeiros episódios de “Ângela Diniz: Assassinada e Condenada” já estão disponíveis na HBO Max. Os seguintes capítulos chegam semanalmente na plataforma, sempre às quartas-feiras:

Episódios 1 e 2: disponíveis a partir de 13 de novembro Episódio 3: estreia em 20 de novembro Episódio 4: estreia em 27 de novembro Episódio 5: estreia em 4 de dezembro Episódio 6 (final): estreia em 11 de dezembro

Assista ao trailer da série abaixo:



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