TRF1 revogou prisão de quatro ligados à instituição financeira investigada por fraude bilionária; grupo cumprirá medidas de precaução
WERTHER SANTANA/ESTADÃO CONTEÚDO TRF1 determinou, nesta sexta-feira (28), a liberdade de Daniel Vorcaro e outros quatro investigados no âmbito da operação que apura irregularidades financeiras superiores a R$ 12 bilhões no Banco Master
O Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1) determinou, nesta sexta-feira (28), a liberdade de Daniel Vorcaro e de outros quatro investigados no âmbito da operação que apura irregularidades financeiras superiores a R$ 12 bilhões no Banco Master. O banqueiro deixou a unidade prisional de Guarulhos (SP) na manhã deste sábado (29).
A decisão, assinada pela juíza Solange Salgado, revogou as prisões preventivas sob o argumento de que os supostos crimes não envolviam violência ou ameaças graves e que a ordem pública não corre risco imediato. No entanto, foram impostas restrições: os envolvidos devem usar tornozeleira electrónica, entregar o passaporte, não podem sair do distrito sem autorização judicial e estão proibidos de contactar testemunhas ou comunicar entre si.
Além do presidente da instituição, foram beneficiados pela medida quatro nomes que ocupavam cargos de liderança. Confira abaixo quem são e quais suspeitas são levantadas pelas autoridades:
Alberto Félix de Oliveira Neto
Ele ocupava o cargo de superintendente executivo da Fazenda desde junho de 2019. Segundo investigação da Polícia Federal, ele havia firmado acordos com empresa acusada de venda de carteiras de crédito fictícias, que haviam sido repassadas ao BRB (Banco de Brasília).
Augusto Ferreira Lima
Ex-diretor executivo (CEO) e ex-sócio do banco, ele permaneceu na liderança até março deste ano, durante o início das negociações para venda da instituição. A demissão oficial ocorreu em maio de 2024. A investigação indica que Lima havia participado de manobras para ocultar inconsistências do órgão regulador. Durante a Operação Compliance Zero, os agentes localizaram R$ 1,6 milhão em dinheiro na residência do executivo.
Ângelo Antônio Ribeiro da Silva
Diretor da Master, atuou em conselhos de administração de outras entidades do grupo, como Master Holding Financeira e Banco Pleno. As autoridades afirmam que ele foi o responsável pela validação de contratos sob suspeita e pelo envio ao Banco Central de documentação que pode conter dados adulterados.
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Luiz Antônio Touro
Foi responsável pelas áreas de risco, compliance, recursos humanos, operações e tecnologia. Sua responsabilidade na gestão da exposição à insolvência serviu de referência para o nome da operação policial. A PF atribui a ele a assinatura de múltiplos contratos fraudulentos. Com experiência anterior em outras instituições bancárias, Bull tem em seu currículo a gestão de uma consultoria de investimentos com sede em Miami, nos Estados Unidos.








