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Prévia do PIB do Banco Central indica queda de 0,9% no 3º trimestre

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Em relação ao mês anterior, o IBC-Br recuou 0,2%; Na comparação com setembro de 2024, houve variação positiva de 4,9%, sem ajuste do período

Divulgação/Porto de Santos Atividade econômica brasileira caiu em setembro deste ano, segundo informações divulgadas pelo Banco Central

A atividade econômica brasileira caiu em setembro deste ano, segundo informações divulgadas nesta segunda-feira (17) pelo Banco Central (BC). O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) recuou 0,2% em relação ao mês anterior, considerando dados dessazonalizados (ajustados pelo período). No terceiro trimestre, de julho a setembro, a redução chegou a 0,9%. Na comparação com setembro de 2024, houve variação positiva de 4,9%, sem ajuste do período, já que a comparação é entre meses iguais. No acumulado do ano, o indicador foi positivo em 14,2% e, em 12 meses, registrou aumento de 13,5%.

O IBC-Br é uma forma de avaliar a evolução da atividade econômica do país e auxilia o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC a tomar decisões sobre a taxa básica de juros, a Selic, atualmente fixada em 15% ao ano. O índice incorpora informações sobre o nível de atividade dos setores da economia – indústria, comércio e serviços e agricultura –, além do volume de impostos.

A Selic é o principal instrumento do BC para atingir a meta de inflação. Quando o Copom aumenta a Selic, o objetivo é conter a demanda aquecida; e isto tem impacto nos preços porque as taxas de juro mais elevadas tornam o crédito mais caro e incentivam a poupança. Portanto, taxas mais elevadas ajudam a reduzir a inflação, mas também podem dificultar a expansão da economia.

Quando o Copom reduz a Selic, a tendência é que o crédito fique mais barato, incentivando a produção e o consumo, reduzindo o controle da inflação e estimulando a atividade econômica.

A redução na conta de luz derrubou a inflação oficial e fez com que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) – considerada a inflação oficial – fechasse outubro em 0,09%, o menor para o mês desde 1998, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com esse resultado, a inflação acumulada em 12 meses é de 4,68%, sendo a primeira vez em oito meses que o patamar fica abaixo de 5%. Porém, ainda acima do teto da meta de inflação de 4,5%.

A queda da inflação e a desaceleração da economia levaram à manutenção da taxa Selic pela terceira vez consecutiva, na última reunião, no início deste mês. No entanto, o conselho não descarta a possibilidade de voltar a subir os juros “se considerar apropriado”. A taxa está no maior nível desde julho de 2006, quando era de 15,25% ao ano.

Em nota, o BC informou que o ambiente externo permanece incerto devido à situação e à política econômica dos Estados Unidos, com repercussões nas condições financeiras globais. No Brasil, a autoridade destacou que a inflação continua acima da meta, apesar da desaceleração da atividade económica, o que indica que as taxas de juro permanecerão elevadas por muito tempo.

Produto Interno Bruto

Divulgado mensalmente, o IBC-Br utiliza metodologia diferente daquela utilizada para medir o Produto Interno Bruto (PIB), que é o indicador oficial da economia brasileira divulgado pelo IBGE. Segundo o BC, o índice “contribui para o desenvolvimento da estratégia de política monetária do país”, mas “não é exatamente uma prévia do PIB”.

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O PIB é a soma de todos os bens e serviços finais produzidos por um país. Impulsionada pela expansão dos serviços e da indústria, no segundo trimestre deste ano, a economia brasileira cresceu 0,4%. Em 2024, o PIB fechou com alta de 3,4%. O resultado representa o quarto ano consecutivo de crescimento, sendo a maior expansão desde 2021, quando o PIB atingiu 4,8%.

*Com informações da Agência Brasil
Publicado por Nícolas Robert



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