Índice acumula 4,46% em 12 meses; Acomodações disparam em Belém devido à COP 30 e pressionam resultados globais
Marcello Casal Jr./Agência Brasil Inflação acelera para 0,18% em novembro puxada por energia e despesas pessoais
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país, foi de 0,18% em novembro de 2025. O resultado, divulgado pelo IBGE nesta quarta-feira (10), representa uma aceleração de 0,09 ponto percentual em relação à taxa de outubro (0,09%). No acumulado do ano, a inflação é de 3,92%. Nos últimos 12 meses, o índice atingiu 4,46%, patamar inferior aos 4,68% registrados no período imediatamente anterior.
Dos nove grupos pesquisados, cinco receberam alta. Os maiores impactos vieram das Despesas Pessoais (0,77%) e Habitação (0,52%), ambas contribuindo com 0,08 pp cada uma para o índice geral.
No grupo Despesas Pessoais, o destaque ficou com o subitem Hospedagem, que subiu 4,09%. O IBGE destaca a influência atípica de Belém, onde a hospedagem aumentou 178,93% devido à realização da COP30 (Conferência do Clima da ONU) na capital paraense.
No grupo Habitação, a pressão veio novamente da energia elétrica residencial, com alta de 1,27%. O aumento reflete a manutenção da bandeira tarifária vermelha nível 1 e reajustes nas concessionárias de Goiânia, Brasília, São Paulo e Porto Alegre. A energia elétrica acumula alta de 15,08% em 2025, sendo o principal impacto individual na inflação do ano.
Transporte e Alimentação
O grupo Transportes subiu 0,22%, impulsionado pelas passagens aéreas, que ficaram 11,90% mais caras e tiveram o maior impacto individual no mês (0,07 p.p.). Por outro lado, os combustíveis registraram queda de 0,32%, com quedas na gasolina (-0,42%), gás veicular (-0,51%) e óleo diesel (-0,06%).
Pelo sexto mês consecutivo, a alimentação no domicílio registrou deflação (-0,20%), mantendo o resultado global do grupo Alimentação e Bebidas em -0,01%. Os consumidores pagaram menos pelo tomate (-10,38%), pelo leite longa vida (-4,98%) e pelo arroz (-2,86%). Porém, a carne (1,05%) e o óleo de soja (2,95%) ficaram mais caros.
Quedas e dados regionais
A maior queda no mês foi registrada no grupo Artigos de residência (-1,00%), com quedas significativas em eletrodomésticos (-2,44%) e em artigos de TV, som e informática (-2,28%).
Regionalmente, Goiânia apresentou o maior aumento (0,44%), afetada pelos reajustes energéticos. A menor variação foi em Aracaju (-0,10%), beneficiada pela queda nos preços da gasolina.
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INPC
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que mede a inflação das famílias com rendimento de 1 a 5 salários mínimos, variou 0,03% em novembro. O indicador acumula 3,68% no ano e 4,18% nos últimos 12 meses.







