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Haddad diz que governo deve encerrar mandato com crescimento econômico médio de 2,8%

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Durante a 6ª reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social e Sustentável, o Ministro da Fazenda afirmou que o governo Lula deverá registrar a menor inflação da história

Diogo Zacarias/MF Haddad afirmou que os indicadores atuais reforçam a melhoria das condições económicas nos últimos anos

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta quinta-feira (4) que o governo Lula deve encerrar o mandato com um crescimento econômico médio de 2,8%, resultado que, segundo ele, é o maior desde o governo de Fernando Henrique Cardoso e só fica atrás dos dois primeiros mandatos do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT). As projeções, disse ele, são do Banco Central e de instituições do mercado financeiro.

Destacou que os actuais indicadores reforçam a melhoria das condições económicas nos últimos anos, incluindo o controlo de preços. “A inflação em quatro anos será a mais baixa de toda a história do Brasil”, afirmou. Durante discurso na 6ª reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social e Sustentável (CDESS), Haddad afirmou que o governo conseguiu conciliar a queda da inflação com a redução do desemprego, que chamou de “o melhor dos dois mundos”.

O ministro acrescentou que o governo deverá encerrar o mandato com a menor taxa média de desemprego em quatro anos desde o início da série histórica, estimada em 6,6%. Segundo ele, o resultado reflete um mercado de trabalho mais aquecido, com queda da informalidade e subutilização da força de trabalho. “Na margem estamos em 5,4%”, disse ele.

Haddad destacou que o rendimento médio real do trabalhador atingiu o maior valor já registrado. “O salário médio no Brasil hoje é recorde e chegou a R$ 3.507”, afirmou, destacando o impacto combinado da expansão do emprego formal e da política de aumento do salário mínimo. Ele também citou a redução da desigualdade e a menor prevalência de desnutrição no país.

O ministro afirmou que a proporção de jovens que não estudam nem trabalham caiu para o nível mais baixo alguma vez medido. “A geração nem nem está em 21,2%. É alta, mas é a menor da série histórica”, disse.

‘Às vezes fico perplexo ao ver previsões que repetidamente não são confirmadas’

O ministro da Fazenda afirmou que os investidores estrangeiros têm se surpreendido com os indicadores brasileiros apresentados pelo governo. Segundo ele, os números do crédito, do investimento e da atividade económica contrastam com a percepção predominante no debate público. “Às vezes, quando levamos esses números para o exterior, os investidores ficam surpresos”, disse.

Haddad também criticou as projeções econômicas. “Fico por vezes perplexo ao ver previsões que reiteradamente não se confirmam”, afirmou, defendendo maior rigor nas estimativas divulgadas pelos analistas de mercado.

O ministro destacou também que o planeamento do desenvolvimento deve considerar os restantes desafios que a economia enfrenta. “Quando pensamos em desenvolvimento, temos de pensar no que ainda precisamos de fazer”, disse ele, citando estrangulamentos estruturais que permanecem no radar da equipa económica.

Entre os dados apresentados, Haddad destacou a redução do déficit fiscal em relação às gestões anteriores. “O déficit fiscal no mandato do presidente Lula será 70% menor que o do governo anterior”, afirmou, classificando o resultado como um dos sinais de recuperação das contas públicas.

*Com informações do Estadão Conteúdo



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