Início Economia Governo deve registrar a menor inflação da história, diz Haddad

Governo deve registrar a menor inflação da história, diz Haddad

4
0


O ministro da Fazenda também citou metas fiscais, afirmando que o déficit do atual mandato do presidente Lula será 70% menor que o do governo anterior.

Ricardo Stuckert/PR O Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, durante Conselho

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta quinta-feira (4) que o Brasil registrará, considerando os quatro mandatos do atual governo, a menor inflação da história do país. A afirmação foi feita durante a 6ª reunião plenária do Conselho para o Desenvolvimento Económico e Social Sustentável (CDESS), mais conhecido como Conselho.

“A inflação, que é uma preocupação legítima de todos os cidadãos, daqui a quatro anos será a mais baixa de toda a história. Será inferior à do Império; da República; da República Velha; do Estado Novo; do Plano Real. Será a mais baixa de todas”, disse o ministro.

Atualmente, a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) registra patamar de 4,5% – considerando os 12 meses encerrados em novembro.

Segundo ele, o governo está conseguindo combinar o melhor dos dois mundos: um país com menor desemprego e menor inflação. O Brasil atingiu uma taxa de desemprego de 5,4% no último trimestre. É o menor índice registrado na série histórica do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), iniciada em 2012.

“Quando você consegue conciliar a queda da inflação com a queda do desemprego, você tem um nível de desconforto menor na sociedade. Estamos conseguindo conciliar isso”, disse Haddad.

Comida

Na avaliação do ministro, tanto o Plano Safra quanto o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) ajudaram a reduzir os índices de inflação que afetam os alimentos.

“Não é só que a inflação média de todos os produtos está baixa. Teremos a menor inflação alimentar, que tanto prejudica os trabalhadores de baixa renda. Será a menor da série histórica”, disse, afirmando que o resultado foi obtido em meio a políticas de aumento do salário mínimo.

Haddad lamentou a falta de repercussão nos bons resultados econômicos obtidos pelo atual governo. Ele citou como exemplo o investimento recorde em infraestrutura que, em 2024, atingiu R$ 261 bilhões – segundo ele, o melhor momento da história, em termos de investimento em infraestrutura.

“Não vemos isso sendo comentado ou discutido. Quando contamos aos investidores estrangeiros eles ficam surpresos. Dizem que ninguém demonstra isso. Hoje o mercado de ações está, mais uma vez, batendo recordes. A confiança dos trabalhadores e dos empresários também está batendo recordes”, afirmou.

Ele lembrou que o dólar está no menor preço em muitos meses. “Disseram que o dólar chegaria a R$ 8, e está em R$ 5,30. Às vezes fico perplexo ao ver previsões que repetidas vezes não se confirmam.”

“Quando uma previsão não se confirma, é normal. Afinal, é difícil prever as coisas em economia. Mas, às vezes, a mesma pessoa é consultada depois de fazer 10 previsões erradas. E continua a ser consultada para prever. Por que, então, essa pessoa está sendo consultada com tantas projeções erradas, e quem está acertando não é ouvido?”, completou.

Metas fiscais

O ministro lembrou ainda que o governo é regularmente encarregado de cumprir as metas fiscais. Segundo ele, o déficit fiscal do atual mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva será 70% menor que o do governo anterior; e 60% menor que o governo que o precedeu.

“Estamos proporcionando total transparência às contas públicas. Estamos mais uma vez respeitando os padrões internacionais. É por isso que somos hoje o segundo destino de investimentos estrangeiros no mundo.”

Hoffmann

Também presente no plenário do Conselho, a ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, reforçou que a economia do país cresce de forma sustentável, “melhorando a vida das pessoas”.

“Este conselho faz parte deste processo, contribuindo com ideias e propostas, como (relacionadas com) a estratégia de compras públicas sustentáveis, que servirá de base para uma proposta de decreto presidencial”, disse o ministro.

Segundo ela, este plano procurará estimular a economia e a indústria nacionais, de forma a ampliar os processos de inclusão social. Ela citou a proposta do Conselho, que prevê o registro eletrônico de duplicatas, medida que deve “eliminar ineficiências e reduzir os riscos de fraudes com o objetivo de reduzir o custo de crédito do país”, afirmou Gleisi.

Isenção de IR e 6 por 1 viagem

Gleisi Hoffmann aproveitou o encontro para falar sobre os efeitos positivos que a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil terá para o Brasil. “Estamos quebrando uma tradição de privilégios e injustiça que sempre prevaleceu em nosso país”, disse ele.

“Este primeiro passo no caminho da justiça fiscal é um sinal de que podemos avançar muito mais, conseguindo, por exemplo, o fim da escala de trabalho de 6 para 1, permitindo-nos melhorar a qualidade de vida da grande maioria dos trabalhadores do nosso país”, acrescentou.

Acompanhe o canal Jovem Pan News e receba as principais novidades no seu WhatsApp!

Vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin destacou políticas voltadas para diversos setores da economia, inclusive a indústria automobilística. “Várias montadoras estão retomando ou ampliando sua produção”, afirmou.

*Com informações da Agência Brasil



Fonte de notícias