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Falar de interesse e tarifa de Trump derrubar a confiança da indústria brasileira

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Dificuldades nos cenários internos e externos desencorajam investimentos e crédito caro, expandindo o pessimismo entre empreendedores

Aleksandarlicthewolf/Freepik De acordo com a CNI Survey, 20 de 25 setores de Innguish demonstram pessimismo com o futuro próximo

A imposição de tarifas de importação por Donald Trump, juntamente com as altas taxas de juros no Brasil, abalou significativamente a confiança de 20 setores industriais no país. De acordo com a Confederação Nacional da Indústria (CNI), a taxa de confiança do empresário industrial caiu de 50,2 para 45,6 pontos entre junho e agosto. Essa queda acentuada reflete uma transição do otimismo para o pessimismo entre os empreendedores, que são impactados não apenas pelas tarifas nos produtos brasileiros, mas também por incertezas econômicas – internas e externas.

Entre os setores que ainda mantêm algum nível de confiança estão as bebidas, extração mineral não metálica, formocímica e farmacêutica e materiais e equipamentos elétricos. No entanto, a maioria dos setores, totalizando 25, expressa uma falta de confiança no futuro próximo. Especialistas apontam que, além das tarifas, a alta taxa de juros no Brasil desencoraja os investimentos e faz crédito, expandindo o pessimismo entre os empreendedores.

O economista Hugo Garbe explica que as altas taxas de juros desmotivam novos investimentos, pois disponibilizam recursos para projetos como a construção de fábricas, que são fundamentais para a geração de emprego e renda. “É um componente que podemos listar como um fator que acaba desmotivando o empresário para fazer mais investimentos, certo? Você arrecadará fundos para poder reconstruir uma fábrica, construir, finalmente, gerar empregos e renda … e acabar desistindo no meio do caminho”, ele exemplificou.

A pesquisa da CNI também revelou que a confiança caiu em quase todas as regiões do país, exceto o Centro -Oeste, que registrou um leve, mas ainda insuficiente, para superar os 50 pontos que indicam otimismo. Garbe enfatizou que o momento é de cautela, com empreendedores esperando os próximos passos das negociações entre o Brasil e os Estados Unidos. Esse cenário de espera, segundo o economista, gera uma paralisação econômica, onde os empreendedores hesitam em investir, aguardando mudanças que possam trazer mais estabilidade e previsibilidade ao mercado.

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Enquanto isso, os setores de exportação brasileiros estão procurando alternativas em mercados como Índia e Oceania, tentando reduzir a dependência de vendas dos Estados Unidos. Essa busca por novos mercados é uma tentativa de mitigar os impactos das políticas comerciais dos EUA, que geraram incertezas e desafios para a indústria brasileira. Com o tempo, espera -se que novas estratégias e parcerias sejam desenvolvidas para fortalecer a posição do Brasil no comércio internacional, mesmo diante de um cenário global cada vez mais complexo e competitivo.

*Com informações de Valélia Luizetti



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