Início Economia Aporte aos Correios deve ser inferior a R$ 6 bilhões, diz Haddad

Aporte aos Correios deve ser inferior a R$ 6 bilhões, diz Haddad

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Segundo o ministro das Finanças, há espaço fiscal para que o empréstimo seja viabilizado em 2025

Foto: Diogo Zacarias/MF O ministro reiterou que qualquer auxílio financeiro estará condicionado ao plano de reestruturação da estatal

O aporte do Tesouro Nacional aos Correios deverá ficar abaixo dos R$ 6 bilhões inicialmente considerados pela estatal, disse nesta segunda-feira (8) o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

Segundo ele, o governo ainda avalia alternativas para reforçar o caixa da empresa, incluindo a possibilidade de combinar o aporte com um empréstimo, que poderá ser liberado ainda este ano, embora não haja uma decisão final.

Haddad destacou que há espaço fiscal em 2025 para contribuição, mas reforçou que a medida não está definida. “Haveria (espaço), mas não é algo que foi decidido”, disse ele ao falar com jornalistas fora do Ministério das Finanças.

O ministro reiterou que qualquer ajuda financeira estará condicionada ao plano de reestruturação da estatal. “Estamos sempre condicionando tudo a um plano de reestruturação. Os Correios precisam mudar, precisam ser reestruturados”, disse.

Diferentes formatos de contribuição

Segundo Haddad, o aporte de R$ 6 bilhões não deverá ser confirmado neste valor. “Esse valor não. É um valor menor que esse até onde eu sei”, declarou.

Inicialmente, os Correios cogitavam receber um reforço de caixa de R$ 6 bilhões do Tesouro para cobrir perdas de mesmo valor acumuladas de janeiro a setembro.

O aporte poderá ser viabilizado por meio de crédito extraordinário ou via Projeto de Lei do Congresso Nacional (PLN), caso o governo julgue necessário. Ambas as alternativas ainda estão sendo avaliadas pela equipe econômica.

A empresa fechou o primeiro semestre com prejuízo de R$ 4,36 bilhões, o maior da história

Empréstimo em negociação

Além da injeção direta de recursos, o governo discute oferecer garantia para empréstimo aos Correios. As negociações se intensificaram depois que o Tesouro negou um pedido de R$ 20 bilhões feito pela estatal.

A nova proposta prevê reduzir o valor do crédito para entre R$ 10 bilhões e R$ 15 bilhões, para permitir que a empresa obtenha juros mais baixos no mercado. Foi justamente o alto custo da operação que motivou o veto inicial do Tesouro.

Haddad disse que o empréstimo poderá ser aprovado ainda este ano, mas observou que as negociações com os bancos continuam a atrasar o progresso. “É uma possibilidade, mas não estamos brincando com uma possibilidade só por causa das negociações com os bancos”, afirmou.

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O ministro fez as declarações após reunião com o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), por cerca de quatro horas na tarde desta segunda-feira. O encontro, na residência oficial da Presidência da Câmara, discutiu projetos que o governo quer que sejam aprovados antes da votação do Orçamento de 2026, marcada para a próxima semana.

*Com Agência Brasil



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