Na base de Río Cuarto, o Presidente questionou duramente a visão de soberania do Kirchnerismo e defendeu a nomeação de Carlos Presti como Ministro da Defesa, destacando a sua carreira militar e a sua aptidão para o cargo.
O presidente Javier Milei passou este sábado duramente ao kirchnerismo, questionando a sua noção de soberania durante o evento que teve lugar na base militar de Río Cuarto para a apresentação oficial dos seis aviões militares F-16 adquiridos à Dinamarca.
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“É altura de voltarmos a discutir no nosso país o verdadeiro significado da palavra soberania. Na nossa opinião, qualquer país que pretenda desenvolver-se de forma sustentada tem de poder ser respeitado no concerto das nações”, disse o presidente esta manhã na pista de aterragem, com os seis aviões militares dinamarqueses atrás dele.
Milei enfatizou que uma das formas de alcançar a soberania é através de uma economia que se desenvolva “e cresça com uma sociedade próspera, e também com a capacidade de nos defendermos”.
O Presidente ligou ambos os conceitos, o de prosperidade económica e de capacidades militares para a defender, para comparar a sua gestão actual com os anos de Kirchnerismo no Governo.
“Toda esta divisão básica e evidente foi repudiada pelo kirchnerismo. Encheram a boca a falar de soberania durante décadas, mas deram-nos um país pobre e indefeso (…) Para eles, a soberania é uma grande favela decorada com bandeiras argentinas”, sublinhou no seu discurso.
O libertário insistiu nas suas críticas ao Kirchnerismo, atribuindo-lhe uma “incapacidade teórica e moral” que os leva a acreditar que “a única soberania possível é aquela que se encontra na pobreza, no isolamento e na irrelevância”.
Outro dos eixos do discurso de Milei foi a justificativa da nomeação do tenente-general Carlos Presti como ministro da Defesa em substituição a Luis Petri, que tomou posse como deputado e a quem o presidente agradeceu pela gestão da aquisição dos F-16.
“A nomeação do Tenente General Presti como Ministro da Defesa foi causa de agitação mediática nos últimos dias, alimentada por um sector da política que adoptou uma posição infantil”, disse o Presidente ao introduzir o tema.
“Num esforço para aproveitar politicamente uma tragédia nacional como a última ditadura militar, nas últimas décadas o Kirchnerismo dedicou-se a demonizar as nossas Forças Armadas e a ressentir-se da relação entre elas e a sociedade”, acrescentou, aproveitando a ocasião para voltar a atacar a oposição.
Milei defendeu a nomeação do novo ministro pela sua “adequação ao cargo (…) Não procuramos colocar na câmara quem se mede melhor, mas sim procuramos quem mais conhece o assunto”.
“A sua longa carreira no Exército confere-lhe uma integridade moral e uma série de valores que a maioria dos políticos desconhece. É por isso que não deveria surpreender que sejam precisamente estes políticos consagrados que se opõem a esta designação e gritam em voz alta falando sobre retrocessos democráticos”, concluiu Milei.







