Seleção está no Grupo da Copa do Mundo e estreia contra o Marrocos, semifinalista da última edição
Jia Haocheng/Pool/AFP Tom Brady, exibe o cartão com o nome do Brasil durante o sorteio da Copa do Mundo
Nesta sexta-feira (5), a seleção brasileira enfrentou os adversários da fase de grupos da Copa do Mundo de 2026. Para avançar às oitavas de final e manter vivo o sonho do hexacampeonato mundial, o time comandado por Carlo Ancelotti terá que superar Marrocos, Escócia e Haiti —ou pelo menos um deles, já que se classificam os dois primeiros colocados de cada grupo e os oito dos 12 terceiros colocados. Serão 64 seleções na fase de mata-mata desse novo formato de Copa do Mundo —e não 32, como acontece desde 1998—, gerando um empate das oitavas de final antes das oitavas de final. Ou seja, para levantar a taça, encerrando um jejum de 24 anos, o Brasil terá que disputar oito partidas.
Recordista de taças, apesar da fila chata, o time das Canárias só caiu uma vez na primeira fase (e foi há muito tempo). Foi em 1966, na Inglaterra, quando o então bicampeão mundial ficou atrás de Portugal e Hungria no Grupo C. O Brasil até fez uma boa estreia: vitória por 2 a 0 sobre a Bulgária, com gols de Pelé e Garrincha. Mas a lesão do Rei do Futebol naquela partida enfraqueceu o time, que perdeu os dois jogos seguintes.
Na última Copa do Mundo, disputada no Catar, o Brasil terminou o Grupo G na primeira colocação, mas esteve longe de encantar. Liderada por Tite, a seleção venceu a Sérvia na estreia, por 2 a 0, garantiu a classificação com um magro 1 a 0 contra a Suíça e, na última rodada, perdeu para Camarões com os reservas (1 a 0). Nas oitavas de final, Neymar, Vinícius Júnior e companhia venceram a Coreia do Sul, com vitória por 4 a 1. Na fase seguinte, porém, despediu-se do hexa ao perder para a Croácia nos pênaltis, após empatar no final da prorrogação.
Veja os adversários do Brasil na fase de grupos da Copa do Mundo-26
Marrocos
A seleção norte-africana não é mais a seleção média que perdeu para a seleção brasileira por 1 a 0, com gol de Ronaldo, na segunda rodada do Grupo A de 1998. O Marrocos foi a sensação da Copa do Mundo do Catar, terminando na quarta colocação. Nas eliminatórias, eliminou a Espanha, depois Portugal e só parou nas semifinais, mas vendeu caro a derrota para a poderosa França. Seu destaque, inclusive, joga na terra de Mbappé: o lateral-direito Hakimi, do Paris Saint-Germain, eleito o melhor jogador africano deste ano.
Destaque: Hakimi (PSG)
Escócia
Será a quinta vez que o Brasil enfrentará a Escócia na fase de grupos da Copa do Mundo. A última foi em 1998, em duelo que terminou com vitória brasileira por 1 a 0. As duas equipes também se enfrentaram em 1974, 1982 e 1990. Nas eliminatórias, os escoceses surpreenderam e lideraram o grupo que tinha como favorita a Dinamarca. Seu melhor jogador é o lateral-esquerdo Robertson, do Liverpool.
Destaque: Robertson (Liverpool)
Haiti
A ilha caribenha está de volta à Copa do Mundo após 52 anos. Para isso, tiveram que superar um contexto triste e adverso: a seleção haitiana não disputou nenhuma partida em casa devido à crise de segurança no país. O técnico francês Sébastien Migné comandou a seleção por quase dois anos, mas nunca conseguiu ir ao Haiti devido à violência extrema, ao controle de gangues e à interrupção dos voos internacionais em Porto Príncipe. Então ele trabalhou remotamente, por meio de vídeos, telefonemas e reportagens locais. No caminho dos Granadeiros estavam times mais tradicionais da Concacaf, como Honduras e Costa Rica, mas a seleção haitiana superou as adversidades e conseguiu a vaga dos sonhos.
Destaque: Bellegarde (Wolverhampton)







