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Crise no transporte público do Chaco: a passagem custaria US$ 2.900

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A taxa na cidade de Resistência aumentará em 50%. Na próxima semana serão realizadas duas audiências públicas para definir o valor da tarifa de ônibus, que deverá entrar em vigor a partir do primeiro dia do próximo ano.

Atualmente, segundo o Diario Norte de Chaco, a tarifa é composta pela parte paga pelo usuário e pelos subsídios concedidos pelo governo provincial.

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Com os estudos técnicos em cima da mesa sobre o cálculo de quanto vale o serviço, a preocupação é quanto terá que pagar quem utiliza os ônibus assim que os novos valores forem fixados.

O específico é a tarifa técnica, que passará dos atuais US$ 1.913 para um valor que fica entre US$ 2.900 e US$ 2.932 por viagem. Hoje, o usuário paga US$ 1.300, enquanto os US$ 613 restantes correspondem a subsídios.

Em relação aos possíveis cenários que o usuário enfrentará quando a taxa técnica for atualizada para US$ 2.932, o impacto final dependerá do nível de subsídios aplicados. Caso o Estado mantivesse o actual regime de contribuições fixas, equivalente a 613 dólares por viagem, o passageiro pagaria 2.319 dólares, o que representaria um forte aumento face aos actuais 1.300 dólares.

Num segundo cenário, se o governo optasse por manter a mesma percentagem de subsídio de hoje – aproximadamente 32% do custo total do bilhete – então cobriria cerca de 938 dólares por viagem e o utilizador teria de enfrentar um valor próximo de 1.994 dólares. Um terceiro cenário contempla a possibilidade de o subsídio ser elevado para 40% do custo total, o que implicaria uma cobertura estatal de 1.172 dólares e deixaria o valor final para o utilizador em torno de 1.760 dólares por cada viagem.

Em suma, o Estado procurará o menor impacto possível, mas é verdade que não há recursos suficientes para destinar mais ao transporte.

Menos passageiros
No meio está um cenário de queda de passageiros que tem relação direta com as novas tarifas, segundo as concessionárias. Assim, ressaltam que o custo total do quilômetro é ajustado subtraindo-se a receita do sistema e dividindo-a pelo Índice Passageiro por Quilômetro (IPK), parâmetro que funciona como divisor.

O IPK caiu drasticamente nos últimos anos: passou de 2,2 passageiros por quilômetro em 2023 para 1,7 em 2024 e hoje está apenas em torno de 1,2. Quanto menor for esse divisor, maior será a tarifa técnica, pois o custo operacional é distribuído entre um menor número de passageiros transportados. Para as empresas, esta queda na procura é a variável que mais afeta a pressão sobre os valores finais.

Para as audiências públicas de 10 de dezembro em Resistencia e 12 de dezembro em Fontana, as empresas sublinham que os números apresentados se baseiam em estatísticas oficiais da SUBE, balanços auditados e documentação de apoio, ao mesmo tempo que insistem que o sistema apresenta um défice estrutural que já não pode ser absorvido por elas.

Paralelamente, prosseguem as negociações com a UTA, que anunciou que não aceitará medidas unilaterais e exige garantias salariais e de continuidade no emprego. As empresas admitem que, sem um acordo abrangente, será difícil sustentar as operações, prorrogar compromissos ou mesmo evitar reduções de pessoal.



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