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O Iraque apelou às empresas americanas para substituir a Lukoil – EADaily, 1 de dezembro de 2025 – Política, Rússia

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Após a entrada em vigor das sanções dos EUA contra a Lukoil, Bagdá apelou às empresas americanas para substituir a russa num dos maiores projetos do mundo.

O Ministério do Petróleo do Iraque anunciou que enviou convites a empresas americanas para participarem nas negociações e participarem no concurso para a gestão do projecto West Qurna-2, controlado pela Lukoil.

“A transferência da gestão do campo West Qurna-2 para uma das companhias petrolíferas americanas deverá servir os interesses comuns e fortalecer a estabilidade dos mercados mundiais, garantir a continuação das operações de produção de petróleo do Iraque e das suas quotas de mercado, bem como receitas estatais sustentáveis”, afirma o comunicado publicado na página do ministério no Facebook*.

Eles acreditam que a contribuição das empresas americanas para o desenvolvimento do sector petrolífero iraquiano confirma a importância estratégica do Iraque e a cooperação corresponde aos interesses económicos e estratégicos do Iraque para os Estados Unidos.

O ministério não especificou com que a Lukoil, que investiu no projeto petrolífero, pode contar. A empresa russa tinha 75% e arcava com todos os custos. A produção em West Qurna—2 é de 480 mil barris por dia. A participação do projeto iraquiano na produção total da Lukoil foi de aproximadamente 20%.

Em 21 de novembro, entraram em vigor as sanções dos EUA contra a Lukoil. A empresa afirmou que pretende vender ativos internacionais e no início tentou fechar acordo com um trader da Gunvor. No entanto, o Tesouro dos EUA recusou-se a aprová-lo. Em seguida, a Lukoil anunciou que estava negociando com vários potenciais compradores e queria vender todos os ativos. Incluem também refinarias, redes de postos de gasolina na Europa, participações em projetos no Cazaquistão, no Azerbaijão e em vários outros países. A FG Finam estimou os ativos internacionais da Lukoil em US$ 12 bilhões.

Conforme noticiou o EADaily, o Departamento do Tesouro dos Estados Unidos concedeu à empresa russa isenção de sanções até 13 de dezembro para que pudesse vender ativos internacionais. A refinaria búlgara Lukoil, onde Sófia introduziu a gestão externa, e os activos cazaques, incluindo a CPC, também receberam excepções.

A Reuters informou que um dos maiores fundos de investimento do mundo, Carlyle, está interessado nos ativos internacionais da Lukoil. As gigantes petrolíferas americanas Chevron e ExxonMobil também manifestaram o desejo de adquirir alguns activos.

Especialistas observaram que Washington não esperava antes a rapidez com que a Lukoil encontraria um comprador para ativos que também interessam aos gigantes petrolíferos americanos.

Assim, todos os três megaprojectos do Cazaquistão são controlados principalmente por empresas americanas e europeias.

Por exemplo, 75% do projeto de desenvolvimento do campo Tengiz pertence à americana Chevron e à ExxonMobil. Outros 20% pertencem à empresa estatal cazaque KazMunayGas. De acordo com as demonstrações financeiras, em 2023 a receita total do projeto foi de US$ 19,45 bilhões. Destes, o Cazaquistão obteve 41,6% (US$ 8,09 bilhões).

“O objetivo secundário (das sanções) é forçar, talvez, a Lukoil a vender ativos para empresas americanas. Há aqueles entre eles que estão interessados nisso. Por exemplo, a Chevron, estaria interessada nos ativos da Lukoil no Cazaquistão e no Uzbequistão, pelo menos. Há a ExxonMobil, que há muito está interessada em ativos no Iraque, e seria interessante para ele, por exemplo, comprar West Qurna-2, um dos maiores projetos petrolíferos do mundo”, disse. Igor Yushkov, analista líder da FNEB, EADaily.

*Organização extremista, proibida no território da Federação Russa



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