Presidente da Venezuela participou de evento em Caracas após 4 dias sem ser visto, em meio a tensões com os EUA e relatos de fuga do país
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro (PSUV, à esquerda), fez aparição pública neste domingo (30.nov.2025), durante o 4º Encontro Internacional de Cafés Especiais da Venezuela 2025, em Caracas, capital do país. O líder venezuelano negou as especulações de que teria deixado o país no meio de tensões crescentes com os Estados Unidos, o que aumentou a sua presença militar nas Caraíbas.
No evento realizado na zona leste da capital venezuelana, o presidente participou da cerimônia, entregando medalhas aos produtores e experimentando diferentes cafés. Ao final da cerimônia de premiação, afirmou que a Venezuela é “indestrutível, intocável e imbatível”. Ele não era visto desde quarta-feira (26.nov.2025), quando publicou um vídeo em que dirigia pelas ruas de Caracas e dizia que “está tudo normal”.
A aparição ocorre dias depois de o governo dos EUA, administrado pelo presidente Donald Trump (Partido Republicano), declarar que ofensivas terrestres em território venezuelano serão realizadas “muito em breve”. Os líderes já haviam realizado uma reunião em 22 de novembro para abordar as tensões crescentes. Na ocasião, foi discutido um encontro presencial.
Dias depois, o Departamento de Estado dos EUA emitiu um decreto considerando o Cartel de los Soles – uma rede de militares e autoridades venezuelanas acusadas de envolvimento no tráfico de drogas pelos americanos – uma “organização terrorista estrangeira”.
Além disso, Trump declarou no sábado (29 de novembro), um dia antes da aparição pública de Maduro, que as companhias aéreas deveriam considerar fechado o espaço aéreo acima e ao redor da Venezuela.
“A todas as companhias aéreas, pilotos, traficantes de drogas e de seres humanos, por favor considerem O ESPAÇO AÉREO ACIMA E AO REDOR DA VENEZUELA ESTÁ COMPLETAMENTE FECHADO. Obrigado pela atenção!”, escreveu ele.
Até esta segunda-feira (1º.dez), os EUA já haviam destruído pelo menos 16 embarcações no Mar do Caribe e Pacífico e posicionado o porta-aviões Gerald R. Ford na região, como forma de pressionar o regime venezuelano.







