Experiências imersivas ganham força e ampliam o tempo de permanência das famílias nos shopping centers
Renato S. Cerqueira/ATO Press/Estadão Tecnologia de conteúdo e interatividade devem impulsionar em 33% o fluxo de visitantes aos shoppings neste final de ano
Os tradicionais desfiles de Natal nos shoppings deixaram de ser apenas apresentações com luzes e personagens. Em 2025, passarão por uma reformulação que aposta em tecnologia, interatividade e experiências sensoriais para atrair o público e devem aumentar o fluxo de visitantes em 33% neste final de ano, segundo pesquisa da agência 11Onze.
A tendência acompanha o avanço das chamadas experiências imersivas, cuja procura cresceu 32% este ano. A busca por experiências que combinem emoção e participação ativa impulsiona os shoppings a renovarem suas atrações natalinas. O setor vive um bom momento. Dados da Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce) mostram que os shopping centers movimentaram R$ 5,94 bilhões no último período de Natal, um dos melhores resultados da última década.
Para o CEO da 11Onze, Kiko Cesar, o público busca mais profundidade nas comemorações. “O consumidor quer vivenciar o Natal, e não apenas assisti-lo. Isso tem levado os shoppings a criarem experiências que envolvam toda a família e prolonguem a estadia do visitante”, afirma.
O tempo de permanência realmente aumentou. Nos shoppings com programação interativa, o período médio de visitação saltou de 1h30 para até 2h45 em dezembro. Oficinas, ativações digitais, trilhas sonoras originais e encontros personalizados com personagens reforçaram a cultura de convivência dentro dos shopping centers.
Segundo Cesar, a evolução tecnológica permitiu criar roteiros únicos: “Já temos experiências em que o Papai Noel chama a criança pelo nome ou em que cada família segue um roteiro personalizado. Sensores, trilhas autorais e inteligência artificial já fazem parte deste novo Natal”.
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Com a popularidade das iniciativas híbridas, o Natal nos shoppings passou a ser planejado como um evento transmídia: começa com a decoração física, se estende às redes sociais e incorpora ferramentas digitais para manter o engajamento. A tendência aponta para uma mudança maior de comportamento: lazer, consumo e convivência voltam a se cruzar em um mesmo espaço, agora embalado por tecnologia e experiências sensoriais que prometem um Natal mais interativo e conectado ao público.








