O futebol argentino vive dias quentes, com decisões polêmicas, versões conflitantes e dirigentes que começam a levantar a voz. Em meio ao clima tenso devido à consagração do Rosário Central através da tabela anual, Nicolás Russo apareceu para fornecer detalhes desconhecidos e acrescentar um capítulo inesperado à discussão.
O presidente do Lanús quebrou o silêncio e deixou claro seu posicionamento sobre as ações do Estudiantes de La Plata, após o time punmarrata fazer um hall de honra marcante de costas viradas. O evento despertou questionamentos em todo o cenário do futebol argentino, onde cada gesto é analisado com uma lupa.
Russo revelou informações internas sobre a votação
Em entrevista à Rádio Mitre, o dirigente contou como realmente foi decidido o título do Rosário Central e forneceu dados que até agora não haviam sido divulgados. Segundo explicou, durante a reunião da Liga Profissional, a aprovação foi dada sem objeções: “Foi votada e ninguém se opôs, foi unânime”, disse, marcando território num momento de muita confusão pública.
Além disso, Russo relatou que, embora tenha estado no Paraguai no dia anterior, manteve contato constante com a delegação do clube: “Dissemos a ele para apoiar a decisão. Apoiamos”, confirmou, negando qualquer ruptura interna entre os dirigentes.
Mensagem forte para Verón em meio ao escândalo
Um dos momentos mais picantes da entrevista foi quando dirigiu suas palavras a Juan Sebastián Verón, representante máximo do Estudiantes. Aí o presidente Granate lançou um dardo direto: “No Estudiantes há um erro: o representante deles vota uma coisa e depois Verón diz outra. Ele teria que participar das reuniões”.
A frase caiu como uma bomba em La Plata, onde já havia agitação devido à reivindicação institucional após a consagração desonesta.
Russo acrescentou que, na sua perspectiva, se um líder não concorda com uma decisão, deve expressar a sua posição na área correspondente: “Se não concorda, tem que se opor e pronto”, insistiu.
A confissão que ninguém esperava de Tapia
A entrevista também deixou um depoimento que inflamou ainda mais o clima. Russo reconheceu abertamente a sua estreita relação com o presidente da AFA, afirmando: “Tenho uma amizade com Claudio Tapia”.
E reforçou a ideia ao explicar que mesmo com essa proximidade tem mantido discussões profundas sobre a conduta do futebol argentino. Destacou ainda que hoje a AFA está “organizada económica e administrativamente”, algo que considera um avanço fundamental para o desenvolvimento das selecções nacionais e das camadas jovens.
Para além das polémicas, o presidente sublinhou que os clubes trabalham para melhorar os recursos e aumentar as receitas, num contexto económico complexo para todas as instituições do país.






