O ex-presidente destacou que os peritos oficiais confirmaram que os documentos expostos no processo judicial não são verdadeiros.
A ex-presidente Cristina Fernández de Kirchner garantiu que a chamada Causa dos Cuadernos é uma “opereta judicial” e questionou se continua mesmo quando a perícia oficial mostrou que os cadernos que a originaram “foram adulterados, reescritos, ditados e têm diferentes tipos de escrita”.
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“Nunca exageramos. Tudo o que alertamos sobre as atrocidades, mentiras e falsificações perpetradas nesses casos de operetas judiciais acaba sendo provado como verdade, um por um. É como aquelas séries ruins em que você já sabe o final desde o primeiro episódio, mas ainda se surpreende com a crueza do roteiro”, disse em X.
Cristina destacou que “as investigações oficiais confirmaram que os cadernos falsos não foram escritos: foram fabricados”, e lembrou que “na semana passada, o juiz federal Martínez de Giorgi ordenou mais uma vez a acusação do sargento aposentado da Polícia Federal Jorge Bacigalupo” por tê-los “adulterado e reescrito”.
“Deixando de lado as extorsões, ameaças e torturas perpetradas por (Carlos) Stornelli e (Claudio) Bonadio… Alguém pode explicar seriamente que este caso ainda está de pé quando se comprova que os cadernos que o originaram foram adulterados, reescritos, ditados e possuem diferentes tipos de escrita?”, questionou.
O ex-presidente garantiu que a Argentina está “sem Estado de Direito” e “com o tribunal inclinado”, e criticou os principais meios de comunicação por não publicarem “uma única linha” sobre a acusação de Bacigalupo, identificado como aquele que “entregou os famosos cadernos ao jornalista Diego Cabot”.
“Enquanto isso, e para medir a temperatura da economia e do consumo dos argentinos: o papel higiênico foi o mais vendido na Cyber Monday”, destacou Cristina, e lamentou: “Pensar que em 2015, nesta época do ano, os argentinos estavam comprando equipamentos de ar condicionado ou planejando suas férias”.
O julgamento oral do Caso Cuadernos começou na quinta-feira, 6 de novembro. O ex-presidente é investigado pelos crimes de associação ilícita e suborno pelo Tribunal Oral Federal 7. Na primeira audiência, as acusações foram lidas aos 87 envolvidos no caso.








