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ATE confirmou 90% de cumprimento da greve

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A Associação dos Trabalhadores do Estado (ATE) afirmou que a greve atingiu o cumprimento “superior a 90%” e intensificou a sua disputa com o Governo, que reiterou que iria descontar o dia. O protesto ocorreu em frente ao Ministério do Trabalho sob forte operação policial. Segundo NA, os dirigentes defenderam o desconto e evitaram detalhes sobre uma nova negociação.

Uma greve com forte apoio e tensão política

O dia nacional da ATE apresentou um cenário marcado por altos níveis de adesão e um clima político tenso. O sindicato garantiu que a greve da ATE teve adesão de 90% entre os funcionários públicos. O protesto se concentrou no Ministério do Trabalho, onde uma operação policial controlou antecipadamente o movimento para evitar interrupções no trânsito.

O sindicato indicou que a medida expressava um descontentamento crescente com a falta de progresso nas negociações conjuntas. Reiteraram também a rejeição a uma possível reforma trabalhista promovida pelo Executivo. “Exigimos uma reabertura imediata”, disseram os líderes durante a mobilização.

AGORA!!
COM MAIS DE 90% DE CUMPRIMENTO, A GREVE DO ATE COMEÇOU EM TODO O PAÍS!!

SE PARA PARAR A REFORMA TIVERMOS QUE IR ÀS ESTRADAS NO NATAL E NO ANO NOVO, NÓS FAREMOS!!

Queriam nos convencer a esperar até 10 de dezembro. Eles não nos mandam o… pic.twitter.com/kgiYOQJhhU

— Rodolfo Aguiar (@rodoaguiar) 19 de novembro de 2025

Cruzamento de descontos e reivindicação salarial

O Governo respondeu com firmeza. Autoridades consultadas por NA enfatizaram que o dia seria descontado daqueles que participaram da greve. “Quem trabalha é pago. Quem não trabalha, não”, frisaram. Para o sindicato, estas medidas procuram “assustar e desencorajar” o protesto. A questão tornou-se assim um dos eixos centrais do conflito que cercou a greve da ATE.

Paralelamente, o protocolo anti-piquetes voltou a ocupar o centro das atenções. A ministra da Segurança, Patrícia Bullrich, pediu para “marchar na calçada e sem violência”. Rodolfo Aguiar, secretário-geral da ATE, respondeu que o responsável “deveria concentrar-se no combate à criminalidade no Governo”, o que aprofundou a intersecção discursiva.

A liderança da ATE manteve que a sua principal preocupação é a falta de atualizações salariais num contexto económico complexo. Aguiar afirmou que a reforma laboral promovida pelo Executivo “está intimamente ligada ao acordo comercial com os Estados Unidos” e denunciou que procura garantir que os trabalhadores “produzam mais por menos”.

A marcha teve seu epicentro na cidade de Buenos Aires, embora tenha sido replicada em diversas províncias sob o mesmo lema: defender os direitos trabalhistas e exigir revisão salarial. Foram aplicados controlos policiais em todos os distritos para evitar bloqueios totais.

Apesar da presença de tropas e dos avisos oficiais, o dia transcorreu sem incidentes graves. Porém, o clima foi marcado por declarações cruzadas e pela decisão oficial de manutenção do desconto salarial, posição que gerou desconforto entre os servidores estaduais.

Da ATE insistiram que as ameaças não impediriam o plano de luta. “Esses avisos sempre parecem desencorajar as reclamações”, disseram porta-vozes dos sindicatos. Confirmaram também que continuarão com novas ações caso não apareça uma resposta concreta do Governo de Javier Milei.

O sindicato interpretou o nível de conformidade como uma mensagem clara. Consideram que o apoio à greve do ATE reflecte a urgência da reabertura do diálogo, enquanto o Executivo ratificou que não irá modificar a decisão de desconto do dia. A disputa promete continuar nas próximas semanas.





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