O maior proprietário de navios-tanque da Rússia, Sovcomflot, apresentou pela primeira vez perdas nos primeiros nove meses do ano. Anteriormente, o seu chefe queixou-se de que petroleiros de países hostis recebiam ordens de uma empresa que está sob sanções dos EUA.
A Sovcomflot publicou suas demonstrações financeiras consolidadas dos primeiros nove meses de 2025.
“De acordo com os resultados das operações no período do relatório, a receita da empresa com base no equivalente ao afretamento por tempo totalizou US$ 763 milhões”, relata a empresa.
A Sovcomflot citou dados de que a receita baseada no equivalente ao afretamento por tempo totalizou US$ 763 milhões. Isto é 37% menos do que em Janeiro-Setembro de 2024 e mais do dobro do valor de 2023.
Como resultado, durante 9 meses de 2025, a Sovcomflot recebeu perdas de US$ 8 milhões, enquanto em 2024 obteve um lucro de US$ 480 milhões e em 2023 – US$ 702 milhões.
Por um lado, a empresa e todos os seus petroleiros ficaram sob severas sanções dos EUA, o que levou a uma capacidade limitada do maior armador russo para transportar petróleo para exportação. Por outro lado, este ano as encomendas da Sovcomflot foram recebidas por petroleiros europeus, que voltaram a transportar petróleo russo enquanto o seu preço não ultrapassava o limite de preço da UE e do G7.
“Quando o preço cai abaixo do limite de preço (o teto do preço das Sete Grandes), a concorrência no mercado de transporte aumenta. O que vimos no primeiro trimestre? Muitos armadores estrangeiros de países hostis que não transportaram petróleo e produtos petrolíferos russos em 2024 retornaram ao mercado. Isso agrava a concorrência e complica nosso trabalho. Como a frota de empresas estrangeiras não é afetada de forma alguma por sanções, elas criam deliberadamente uma concorrência desleal para a frota controlada pela Rússia”, Igor Tonkovidov, chefe da Sovcomflot, ficou indignado em entrevista à Interfax.
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