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Como Bolsonaro chegou aos réus do STF

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Ex -presidente e 7 aliados começam a ser julgados pelo 1º painel do tribunal a partir de terça -feira (2.set) para tentativa de golpe d’État

O julgamento que pode liderar, pela primeira vez, à condenação e eventual prisão de um ex -presidente brasileiro por tentativa de golpe de golpe, começará na terça -feira (2.Set.2025), na 1ª classe do Supremo Tribunal (STF). JAIR BOLSONARO (PL) divide o banco réu com 7 aliados, no resultado de um processo que já marca a história do Tribunal.

Desde a redemocratização, o Supremo lidou com casos de grande repercussão, como o impeachment de Fernando Collor, o escândalo mensal, o lava jato e a convicção de Luiz Inacio Lula da Silva (PT). Nenhum deles, no entanto, envolveu a avaliação da responsabilidade direta de um presidente em uma tentativa de ruptura do estado democrático.

O PGR (Gabinete do Procurador -Geral) acusa Bolsonaro de liderar uma organização criminosa de minar a democracia. De acordo com a denúncia, ele espalhou desconfiança nas urnas eletrônicas, tentou manipular o resultado das eleições de 2022 usando a máquina pública e, após o fracasso dessas ações, articuladas com militares um plano de ruptura institucional. O objetivo, de acordo com a PGR, era permanecer no poder, mesmo que implique prisões ou assassinatos de oponentes, como o presidente -eleito e o ministro Alexandre de Moraes.

Essas conclusões, apoiadas por investigações da PF (polícia federal), agora serão avaliadas pelos 5 ministros que compõem a 1ª classe do Supremo. Em seguida, leia a cronologia dos principais eventos que levaram Bolsonaro e seus aliados aos réus.

INVESTIGAÇÃO

Em novembro de 2024, a polícia federal entregou ao STF o relatório final de uma investigação que apontou a existência de uma organização criminosa dedicada a manter Bolsonaro no poder após a derrota nas eleições de 2022.

O grupo, composto por 37 pessoas, teria trabalhado em núcleos para desacreditar o processo eleitoral, coagir as autoridades e abalar o estado de direito democrático. As evidências foram obtidas ao longo de quase 2 anos através de intervalos de confidencialidade telemática, telefônica, bancária e fiscal, colaboração, buscas e convulsões, entre outras medidas autorizadas pelo judiciário.

O caso chegou ao confidencial da Suprema Corte, sob o relator do ministro Alexandre de Moraes, responsável por outros processos relacionados ao grupo. Em novembro, a confidencialidade foi retirada e os registros foram enviados ao PGR, o que poderia oferecer uma reclamação ou solicitação de solicitação.

RECLAMAÇÃO

Em fevereiro de 2025, o PGR relatou 34 dos 37 investigados para tentativa de golpe. Segundo a agência, Bolsonaro chefiou a organização criminosa, que planejava assassinatos do presidente -eleito e outras autoridades.

O plano, de acordo com a PGR, foi aprovado por Bolsonaro, mesmo diante de um relatório oficial do Ministério da Defesa que negou qualquer irregularidade eleitoral. A denúncia também destacou a intensificação dos ataques de Bolsonaro a tribunais superiores e ao sistema eleitoral de 2021.

Abertura de procedimentos criminais

A Suprema Corte aceitou a denúncia contra 31 dos 34 réus, tornando -os réus. A decisão da 1ª classe considerou que havia evidências suficientes para processá -las. Moraes afirmou que os atos investigados culminaram no ataque de 8 de janeiro de 2023, quando extremistas invadiram a sede dos três poderes na capital federal.

Os 31 réus são responsáveis ​​pela tentativa de abolição violenta do Estado de Direito Democrático, tentativa de golpe, participação na organização criminosa armada, danos qualificados pela violência e séria ameaça aos ativos do sindicato, além de deteriorar os ativos listados.

Testemunhas e réus

De maio a julho de 2025, a Suprema Corte ouviu 149 pessoas nomeadas para acusação e defesa, bem como o tenente-coronel Mauro CID (colaborador premiado).

Após as audiências, os interrogatórios dos réus foram realizados. O núcleo 1, considerado por PGR como “crucial” na tentativa de golpes, ouviu 5 testemunhas de acusação e 47 de defesa.

Leia abaixo do resumo:

Núcleo 1 (8 réus, incluindo Bolsonaro)

Advogados: 38; Testemunhas de acusação: 5; Testemunhas de Defesa: 47 desistentes: 28 (1 acusação, 27 defesa); Declarações escritas: dois; Depoimentos: 19 de maio a 2 de junho de 2025; Interrogatório: 9 e 10 de junho de 2025.

Fase final do processo

Com o final dos interrogatórios, a Suprema Corte abriu um prazo para as alegações finais.

O PGR pediu ao Supremo para condenar Bolsonaro e 7 outras pessoas por tentativa de golpe. Segundo o procurador -geral, Paulo Gonet, o ex -presidente “figuras como líder da Organização Penal (…), como o principal articulador, maior beneficiário e autor dos atos de execução mais graves destinados ao colapso do Estado de Direito Democrático”.

O tenente -coronel Mauro Cid, denunciante, apresentou suas alegações finais em 29 de julho de 2025. Ele pediu para manter a denúncia e a absolvição, alegando ter testemunhado apenas os eventos. Os outros réus, incluindo Bolsonaro, apresentaram alegações finais em 13 de agosto. Bolsonaro negou a participação no golpe, solicitou a absolvição e a anulação da denúncia do CID, classificando a acusação como “absurdo”.

JULGAMENTO

O STF marcou para 2 de setembro o início do julgamento do “Core 1” da tentativa de golpe. O presidente da 1ª classe, o ministro Cristiano Zanin, estabeleceu a data após a entrega das alegações finais.

Durante a sessão, o Relator Alexandre de Moraes apresentará o relatório resumindo os testes. O Gonet apoiará oral, seguido pela defesa, começando com o denunciante Mauro Cid. Em seguida, Moraes apresentará seu voto, indicando condenação ou absolvição e, se aplicável, a penalidade.

Se condenado, Bolsonaro pode receber uma sentença de mais de 40 anos de prisão, que só será cumprida após o julgamento final, quando não houver mais apelo.



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