A área protegida caiu 47% em 3 anos, enquanto as perdas dos produtores aumentam; O governo bloqueou o subsídio e o setor, veem o risco de colapso
A área coberta pelo seguro rural no Brasil caiu 47% em 3 anos, mesmo com o aumento de eventos climáticos extremos. Em 2021, 13,7 milhões de hectares foram protegidos; Até 2024, esse número caiu para 7,2 milhões – apenas 7,6% da safra nacional. O cenário preocupa os especialistas e pressiona o governo para soluções estruturais.
A tendência continua em 2025. Um dos principais fatores é o bloqueio de 42% dos fundos destinados ao programa PSR do governo federal (subsidiária rural) em junho. A cobertura deve retroaçar para os níveis de 2018, quando pouco mais de 4 milhões de hectares foram cobertos.
Produtores e seguradoras apontam barreiras estruturais:
A instabilidade dos recursos federais de concessão, a falta de previsibilidade das políticas públicas e a ausência de produtos adaptados a diferentes culturas e regiões.
O resultado é menos seguro e produtos limitados, mesmo com o aumento das indenizações. Somente em 2024, o valor pago atingiu R $ 60,32 bilhões – em 7.622% em comparação com 2013, quando R $ 781 milhões foram pagos.
“Estávamos preocupados porque, há cerca de 4 anos, a alocação de volume e orçamento foi de cerca de US $ 1 bilhão-a produção da produção que temos. Nossa reivindicação é de US $ 4 bilhões. Mas este ano, diferentemente dos anteriores, houve uma contingência de cerca de US $ 450 milhões”, diz Enser Colnago, vice-presidente de relações institucionais e cnseg (Confleração dos Configurações dos Configurações dos Configurações dos Configurações), o Ex-Planejamento de Configuração (Confleração), que foi de US $ 450 milhões) (conferência e conferência).
Apesar de ter território 3 vezes maior que a Argentina, o Brasil tem menos áreas agrícolas seguradas. Quando comparados aos concorrentes globais, como EUA e China, o contraste é ainda maior: nesses países, quase metade das culturas tem cobertura de seguro.
Além de proteger contra perdas, o seguro rural pode ser uma ferramenta para aumentar a adoção de tecnologias e práticas sustentáveis no campo – como sensores do solo, irrigação de precisão e cultivares adaptadas ao clima. Existem países em que as políticas públicas oferecem incentivos específicos para garantir a cobertura de áreas que testam soluções agrícolas de alta tecnologia (lida abaixo).
Em 2025, o debate ganha força no Brasil. Com a queda do apoio público ao PSR, a expansão do setor tende a ser limitada. Há pressão para reavaliar as regras. Ao mesmo tempo, a proximidade do COP30 oferece uma vitrine para iniciativas de sustentabilidade no campo, estimulando novas estratégias e parcerias.
O Power360 foi do interior de São Paulo a Tel Aviv, em Israel, para mostrar como o setor de seguros funciona. Assista ao Mini Documentário (10min14s):
Regras
A regulamentação e o apoio do governo são componentes decisivos do seguro rural no Brasil. Mais do que um instrumento financeiro, os programas públicos definem se os produtores podem ou não acessar a proteção de clima e perda de mercado.
O PSR (Programa de Subing de Prêmios de Seguro Rural) é a principal ferramenta de suporte do governo federal para incentivar a contratação de seguros no campo.
No programa, o agricultor recebe subsídios que reduzem o custo do seguro, tornando viável proteger as culturas de grãos, legumes e outros produtos agrícolas.
Além do PSR, o ProAGRO (Programa de Garantia de Atividade Agrícola) oferece proteção menos abrangente, focada na cobertura de perdas financeiras em determinadas culturas.
A recente instabilidade no PSR interrompeu uma sequência de altos na cobertura de seguro rural. Atingiu 13,7 milhões em 2021. Nos anos seguintes, amarra uma sequência de quedas. Tornou -se um pescoço estrutural no setor.
Produtores e especialistas em seguros relatam pelo menos 4 obstáculos:
Instabilidade – A subunção do governo é insuficiente e direcionada por cortes e bloqueios; Modelo de Negócios – Não há clareza de como o setor deve funcionar, com ou sem apoio do governo; Cultura – os produtores não têm o hábito de buscar seguro; e produtos – com predominância de 3 culturas (soja, trigo e milho), existem poucas linhas personalizadas para outras áreas.
“Por que uma empresa investirá na criação de processos, tecnologia, esforço de negócios com corretores e marketing, não com previsibilidade do governo e segurança orçamentária?” Diz Vitor Ozaki, professor da USP (Universidade de São Paulo), ex -diretor do Departamento de Crédito, Recursos e Riscos do MAPA (Ministério da Agricultura, Givestock and Supply) e CEO da Picsel, uma startup que reúne dados micro para ambientes rurais para analisar melhor o risco de seguradores.
Segundo Esteves Colnago, a aprovação do PL 2.951/24, de autoria da senadora Tereza Cristina (PP-MS), resolveria parte do problema.
Existem 3 pilares do projeto – que têm apoio da FPA (Frente Parlamentar da Agricultura) – que enfrentam algumas dessas questões.
“O 1º, diz que o PSR não pode ser contingente. O 2º, permite que o CMN (Conselho Monetário Nacional) crie incentivos como um interesse menor para os produtores que têm seguro, pois o perfil de risco é menor. Finalmente, cria um fundo de catástrofe”, disse ele. A entidade defende a aprovação do projeto.
O relator do artigo, o senador Jayme Campos (PL-MT), disse ao Power360 que ele já encaminhou o relatório ao Presidente do CCJ (Comissão de Constituição e Justiça), Otto Alencar (PSD-BA).
“Vou acusá -lo de votar. Inserimos tudo o que o governo pediu e manteve a essência do texto”, disse ele. O projeto é terminativo. Se aprovado pelo CCJ, ele vai direto para a casa.
O senador Tereza Cristina (PP-MS), ex-ministro da Agricultura e Livro, disse ao Power360 que, se o projeto tivesse sido aprovado, o número de recuperações judiciais dificilmente teria crescido 45%, como aconteceu.
“Certamente não haveria solicitações se o seguro estivesse mais presente”, disse ele.
Produtores
Em Ribeirão Preto, um dos pólos mais tecnificados da agricultura brasileira, o seguro rural avança lentamente. O preço alto e a falta de produtos ajustados à colheita da região limitam a adesão.
“O volume de produtores segurados é baixo, mas tem explicação. O custo é alto, mais de 1% do total – que consideramos competitivo. E às vezes os produtos não são adequados para a realidade dos produtores. Na cana -de -açúcar, temos vários cortes. E cada um é uma realidade distinta. Representa 35 associações de plantio.
Nogueira lembra que, em 2024, uma sequência de incêndios atingiu as culturas de cana -de -açúcar na região. O episódio não foi suficiente para mudar o panorama.
“Vimos o problema que foram os incêndios e o impacto na produtividade (em 2024), especialmente na região de Sertão para Bebedouro. Mas a cultura ainda não está adaptada ao seguro”, disse ele.
330 km de Ribeirão Preto, em Avaré, no sudoeste de São Paulo, o cenário é revertido. As chuvas causaram uma perda estimada de até R $ 80 milhões para os produtores de feijão. Este ano, metade deles decidiu recorrer ao seguro.
“Aqui no inverno às vezes chove e às vezes dá um granizo. Sempre sofre de danos. Mas no ano passado, na colheita, tivemos 10 dias de chuva ininterrupta. E a qualidade caiu muito e deu muito problema”, disse Luiz Fernando Doneaux, Sursão Rural de Sursão e Planta de Surts e Planturas em Sursão e Plantina e Plantina na Irlanda e Plantina na Irlanda e Plantina em Surts e Planting e Plantina e Plantadores em Surts e Plantadores e Plantadores em Surts e Plantadores e Planturas em Surts e Plantas de Sursão.
Guilherme Waltenberg/Power360 – 28.Jul.2025 Luiz Fernando Doneaux é um produtor rural na região de Avaré. Em 2024, os produtores de feijão foram estimados em US $ 80 milhões. Este ano, meio contratado seguro contratado
Sua fazenda opera com a mais avançada em tecnologia agrícola. Enquanto o mundo trabalha em média com uma colheita por ano – e o Brasil, com dois – a região de Avaré atinge um feito mais ousado: 5 colheitas a cada 2 anos. É o estado da arte do desenvolvimento da terra. Mas há um fator que escapa à inovação: o clima.
“Com a irrigação, se falta água, você rega. Porque você está na chuva, se você sentir falta da chuva, há como. Agora, o oposto, não. Se chover demais, como você para”, ele comparou.
A preocupação tem lastro. Nos últimos 10 anos, os desastres climáticos custaram R $ 450 bilhões para os produtores rurais, de acordo com a CNM (National Confederação de Municípios).
Surge um paradoxo: o Brasil expande sua produção e chama a atenção do mundo pela força do campo, mas os riscos estão crescendo. Os produtores querem reduzi -los, mas a distância para obter maior segurança e escala ainda esbarra em barreiras regulatórias e culturais.
Tecnologia
Uma experiência que funcionou no mundo – e tem armas operando no Brasil – é a união de tecnologia com a agricultura. Nesse modelo, o seguro rural não é apenas para reduzir os riscos climáticos; Eles também podem se tornar apoiadores da inovação, estimulando práticas mais eficientes e sustentáveis no campo e reduzindo os riscos desses empreendimentos.
Em Israel, por exemplo, as políticas públicas garantem que os produtores que adotem novas tecnologias recebam descontos de seguro, combinando proteção e ganho de desempenho.
“Se você adotar novas tecnologias, algo que pode ter algum risco, isso pode ser coberto pelo governo – para o governo, o braço do governo – para que você tenha mais apetite para entrar nesse tipo de empreendimento”, disse Ram Lisaey, chefe de inventário de invasão de Netamim global e gripista, usada em desertos e regiões do semiário brasileiro.
O projeto da Tereza Cristina permite que os agricultores com seguro rural tenham acesso a financiamento mais barato. A idéia é vincular a proteção e o investimento: aqueles que reduzem os riscos ganham crédito em melhores condições e, investindo em segurança, fortalece a capacidade de retorno do setor.
No Brasil, existem iniciativas públicas e privadas para integrar tecnologia e agro. O Startup Picsel usa o Microdate para analisar o risco de cada propriedade, buscando produtos de seguro rural personalizado.
A Embrapa (Companhia de Pesquisa Agrícola Brasileira) lançou o ZARC (Zoneamento Agrícola de Risco Climático), que busca criar perfis de risco usando longas séries de dados climáticos históricos.
“When you do the car insurance, your risk profile is evaluated from the questionnaire and the history. It needs to happen to rural insurance in Brazil. You can’t consider a producer who adopts advanced practices, such as no -till, with the same risk profile as she does nothing for the conservation of soils. Our work in the sector is precisely trying to overcome these limitations, advancing in knowledge and bringing tight criteria for this assessment,” Aryeverton said, ” Oliveira, pesquisador da Embrapa e membro da Zarc.
Com a tecnologia, dados e políticas públicas alinhadas, o seguro rural não é mais apenas proteção contra perdas e pode adicionar inovação, sustentabilidade e crescimento ao campo.
“Com a tecnologia, mais produtos personalizados aparecem para que o seguro possa deixar a concentração do sul e sudeste. Depois, teremos um equilíbrio com uma carteira maior do Centro -Oeste e Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia), tornando o país mais coberto”, diz Vitor Ozaki.